DINÂMICA DE GRUPO
OBJETIVO:
Propiciar aos participantes a aquisição de
conhecimentos sobre dinâmica grupal, bem como o desenvolvimento de habilidades
correlatas, capacitando-os a atuarem como facilitadores de grupo.
EMENTA:
A dinâmica é a atividade
que leva o grupo a uma movimentação, a um trabalho em que se perceba, como cada
pessoa se comporta em grupo, como é a comunicação, o nível de iniciativa, a
liderança, o processo de pensamento, o nível de frustração, se aceita bem o
fato de não ter sua ideia levada em conta. As dinâmicas de grupo costumam fazer
parte dos processos de seleção de candidatos e observações das Instituições ou
terapeutas. As dinâmicas servem para que se conheçam características do
individuo e o seu comportamento em equipe.
O QUE É UM GRUPO
Segundo Pichon-Riviere, é quando um conjunto de pessoas
movidas por necessidades semelhantes se reúnem em torno de uma tarefa
especifica, ou seja um grupo com um objetivo mútuo, porém cada participante é
diferente, tem sua identidade.
Segundo Zimmerman, “O individuo desde o nascimento
participa de diferentes grupos numa constante dialética entre a busca de sua
identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social” Todo
individuo passa a maior parte do tempo de sua vida em grupos – convivendo e
interagindo.
Todo educador ensina à seu grupo, mas só sabe o que vai
ensinar quando conhece o seu grupo.
CARACTERISTICAS DO GRUPO
1- procura de
um objetivo comum, que motiva sua participação na atividade do grupo.
2- múltiplos
intercâmbios entre si (sorrisos entre si, cumplicidade), interação psicológica.
3- Existência
própria (através de objetivo comum e da enter-relação psicológica.
OBJETIVOS DO GRUPO => dividir em grupos de: trabalho, de
formação e mistos.
Grupo de Trabalho => preocupa-se com um trabalho a
realizar, busca do objetivo comum.
Grupo de formação => preocupa-se com o funcionamento do
grupo como tal => laboratório para analisar o próprio processo. O grupo de formação faz emergir à consciência
para estuda-los => trabalho de equipe.
Grupo Misto => intermediário, procura assegurar um
entendimento real entre as pessoas do plano social ( grupo 1) e o emocional (
grupo 2), une a eficiência do grupo de trabalho, o realismo psicológico do
grupo de formação => sua preocupação principal => solução de seus
problemas de trabalho.
FORMAÇÃO DO GRUPO => Dinamismo do grupo => 2 fatores:
1. circunstancias
nas quais se forma o grupo;
2. as relações
que se estabelecem entre seus membros.
UM BREVE RELATO SOBRE A HISTÓRIA DAS DINÂMICAS DE GRUPO
Tudo começou no período paleolítico, com as ingênuas brincadeiras
das crianças. Izabel conta que nesta fase já existem registros de desenhos nas
cavernas, provavelmente retratando as guerras entre as tribos ou lutas com os
animais (para subsistência). As crianças, posteriormente, imitavam os pais
utilizando as armas na simulação de brincadeiras de guerra. Neste período já há
impressões arqueológicas de que eles tinham consciência do jogo, usando uma
bexiga de animal como bola, por exemplo. Na Idade Média, surge a ideia da
simulação de situações. Os pagens simulavam uma "guerra" com as
crianças, fazendo uso de arco-e-flexa e de jogos como "cabo de
guerra". Nesta época já há inclusive a ideia de ganho e perda que um jogo
pode causar.
Mais tarde, já na época industrial, em 1933, foi realizada
uma pesquisa para verificar se o estresse e as condições estruturais das
fábricas influíam no trabalho dos operários. A investigação provou que as
condições de trabalho, extremamente precárias, prejudicavam e causavam fadiga
nos funcionários. Com algumas melhorias, como uma iluminação adequada, os
trabalhadores tiveram uma significativa melhora na performance. "Desde
então foi provado que os fatores externos prejudicam na dinâmica dos
grupos".
CONCEPÇÕES DA DINÂMICA GRUPAL
Há diversas concepções para a Dinâmica Grupal. Observamos
que, no geral, cada uma delas reflete uma posição particular do que seja, e
para que serve essa especialidade do conhecimento que trata das relações
humanas quando em grupos sociais.
O interesse científico pela Dinâmica Grupal é recente —
trata-se de uma ciência do século XX.
No entanto, já no século XVIII que, por ter sido
caracterizado por enormes avanços no conhecimento humano e pelas grandes
revoluções políticas da Inglaterra, da França e da Independência Americana, foi
chamado de Século das Luzes, viveu Giambattista Vico (1688-1744), um pensador
italiano que hoje é reconhecido por sua aura de precursor das ciências humanas.
Nos termos da Dinâmica Grupal, esse preceito implicou
diretamente na contemporânea metodologia científica denominada de pesquisa-ação
— nessa, o sujeito pode demonstrar logicamente um fenômeno grupal que também é
feito, verdadeiramente, por ele enquanto membro desse grupo em estudo. Ou seja,
ele torna-se sujeito-objeto da pesquisa.
Há também uma notável pertinência epistemológica dessa
proposição com a Teoria da Espontaneidade de Moreno. A palavra espontâneo, um
termo central na teoria moreniana, etimologicamente deriva do latim sua sponte:
‘de livre vontade’; o que se produz por iniciativa própria do agente, sem ser o
efeito de uma causa exterior. Dado que se demonstra a relação dos estados
espontâneos com as funções criadoras [4: p. 53], então pode-se presumir que, em
verdade, só o que é criado de maneira espontânea, ‘de livre vontade’, pode ser
considerado como obra minha; e também disso inferir que só o espontaneamente
feito é verdadeiro.
Basicamente, pode-se classificar todas as concepções de
três maneiras: ideológica, tecnológica, fenomenológica.
Concepção Ideológica. Considera que a Dinâmica Grupal é uma
forma especial de ideologia política na qual são ressaltados os aspectos de
liderança democrática e da participação de todos na tomada de decisões. Também
ressaltam-se as vantagens, tanto para a sociedade como para os indivíduos
comuns, das atividades cooperativas em pequenos grupos. Foi cientificamente
experimentada por Kurt Lewin. Com as pesquisas sobre o fenômeno da boa
liderança, Lewin demonstrou que, quando os seres humanos participavam de
atividades em grupos democráticos, não somente sua produtividade era
intensificada, como também o seu nível de satisfação era elevado e as suas
relações com os outros membros baseavam-se na cooperação e na redução das
tensões (...) nessas circunstâncias, o grupo tornava-se suficientemente
autônomo para prosseguir sua tarefa mesmo quando o líder se ausentava [2: p.
98].
Concepção Tecnológica. Conforme essa concepção, a Dinâmica
Grupal refere-se a um conjunto de métodos e técnicas usadas em intervenções nos
chamados grupos primários, como famílias, equipes de trabalho, salas de aula
etc. A rigor, o uso de qualquer uma dessas técnicas objetiva aumentar a
capacidade de comunicação e cooperação e, consequentemente, incrementar a
espontaneidade e a criatividade dos seres humanos quando em atividade grupal.
Todas elas podem, didaticamente, ser enquadradas em duas variantes de
intervenção: uma, dos Jogos Dramáticos; outra, do Psicodrama.
Jogos Dramáticos. Essa variante privilegia o jogo
espontâneo, muitas vezes sem regras pré-estabelecidas, para dinamizar a
grupalidade humana. Essa variante de concepção da Dinâmica Grupal é
universalmente difundida, isso se dá basicamente pelo fato de que a necessidade
lúdica do jogo é inerente ao crescimento e desenvolvimento humano, e também
porque é especialmente aplicada na área da educação. - Nos países
anglo-saxônicos o jogo dramático espontâneo é uma atividade comum nas escolas
de primeiro e segundo grau, sendo incluído na disciplina conhecida como Teatro
na Educação, pois é reconhecido como um meio efetivo de aprendizagem tanto para
o conteúdo das matérias quanto para a própria vida [3: p. XI/XII].
Psicodrama. Assim como o seu corolário o Sociodrama, o
Psicodrama historicamente se originou no Teatro Espontâneo ou Teatro da
Improvisação fundado por Moreno em Viena no ano de 1921. Do Teatro Espontâneo
que pretendia pôr fim à repetição da conserva dramática do teatro convencional
e dos clichês de papéis, permitindo uma contribuição inteiramente criadora e
espontânea para que assim pudesse desenvolver novos papéis, nasceu o Psicodrama
[4: p. 31].
Essa variante tecnológica que é centralizada na noção de
papéis sociais, e que enfatiza a ação corporal, tem sido utilizada de uma
maneira muito especial no campo terapêutico. Para isso, foram desenvolvidas
múltiplas técnicas direcionadas especialmente para treinamento de papéis (role
playing) caracterizados como saudáveis. Entre as técnicas criadas por Moreno,
as mais usadas são: solilóquios, inversão de papéis, duplos, espelhos,
realização simbólica, psicodança.
Concepção Fenomenológica. Aqui estão autores que priorizam
suas atividades em torno da idéia de que os fenômenos psicossociais que ocorrem
nos pequenos grupos é resultado de um sistema humano articulado como um todo,
uma gestalt. Entre esses fenômenos, citam-se: coesão, comunicação, conflitos,
formação de lideranças etc. Nessa concepção, também pode-se observar duas
formações teóricas: uma, a Psicologia da Gestalt, que é descritiva, pois centra
seus postulados na descrição dos fenômenos que ocorrem no aqui-agora do mundo
grupal — por exemplo, a configuração espacial adotada regularmente por uma
unidade grupal; a outra, a Psicanálise, que é explicativa por que procura
explicar a unidade do grupo através da idéia de uma ‘mentalidade grupal’
(instinto social), muitas vezes inconsciente para os membros do próprio grupo.
Psicologia da Gestalt. Dessa escola da Psicologia, o grande
impulsionador da Dinâmica Grupal foi Kurt Lewin. Lewin, em sua Teoria de Campo,
desenvolveu um esquema sui-generis para explicar as interações humanas:
baseando-se nos princípios da topologia — ramo da geometria que trata das
relações espaciais sem considerar a mensuração quantitativa, estabeleceu uma
teoria dinâmica da personalidade centrada na idéia de campo psicológico [5: p.
83] que mantém interpendência com múltiplas forças sociais; daí, desenvolveu
uma metodologia de trabalho: pesquisa-ação (action research), na qual o
indivíduo é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto da ação em estudo; e criou o
primeiro laboratório de Dinâmica Grupal, onde em estudos realizados com grupos
primários (face to face groups) introduz conceitos retirados da física do campo
magnético para descrever os fenômenos da existencialidade social do ser humano
— entre os termos os mais comuns são: coesão, locomoção em direção a objetivos,
procura de uniformidade, atração e equilíbrio de forças; e a partir deles
concebe a ideia do grupo como um todo dinâmico, uma gestalt que não é só
resultado da soma dos seus integrantes, mas é possuidor de propriedades
específicas enquanto ‘um todo’ [6: P. 5323].
Enfim, para Lewin, esse grupo como uma totalidade dinâmica,
busca formas de equilíbrio no seio de um campo de forças sociais, sendo isso,
por exemplo, o que explica a emergência de lideranças, fenômenos que aparecem
como que reunindo um campo social de alto privilégio, e funciona como centro de
atração de todos os movimentos coletivos [7: P. 10].
Psicanálise. A
utilização dos postulados da Psicanálise para explicar a Dinâmica Grupal foi
inicialmente tentada por Freud em sua obra "Psicologia de grupo e análise
do ego". No entanto, o esquema conceitual, referencial e operativo [8: p.
98] no qual ele desenvolvia sua tarefa, estava referido não propriamente ao que
atualmente se concebe como grupo humano (microgrupo; grupo primário; face to
face groups), mas sim a fenômenos sociológicos como raças, castas, profissões,
multidões etc.
No entanto, Freud ao reconhecer que a psicologia individual
é, ao mesmo tempo, também psicologia social [9: p. 13], teve uma intuição
primordial: quando as pessoas se organizam em grupos, surgem fenômenos como
expressão de um instinto especial que já não é redutível — instinto social: herd instinct, group mind —, que não vêm
à luz em nenhuma outra situação [9: p. 14). Completa sua intuição com um
raciocínio irrefutável: é possível descobrir os primórdios da evolução desse
instinto no círculo familiar [9: p. 14].
A dinâmica de grupo é usada como ferramenta com fins de
aprendizagem nos Estados Unidos desde 1950. No Brasil, imagina-se que ela
começou a ser utilizada em escolas e empresas na década de 70, mas não há dados
que comprovem isso.
APLICAÇÕES DA DINÂMICA GRUPAL
Como está na classificação, a Dinâmica Grupal é uma ciência
interdisciplinar. Isso significa que são múltiplas as suas aplicações técnicas,
e, por conseguinte, também são múltiplos os campos dos saberes humanos que
podem ser beneficiados com seus conhecimentos.
Entre os saberes beneficiados, citaríamos um enorme rol:
saúde, educação, serviço social, administração de empresas, política, esportes,
religião etc. No entanto, para efeitos descritivos, escolhemos apenas os quatro
primeiros relacionados acima — Saúde, Educação, Administração e Serviço Social,
para fazer uma sucinta descrição sobre os seus termos que são particularmente
beneficiados com os conhecimentos da Dinâmica Grupal.
Saúde. Na área da saúde humana é onde se situam os
resultados mais promissores das aplicações práticas da Dinâmica Grupal.
Neste sentido o destaque cabe às já apresentadas
psicoterapias grupais. No entanto, além desse campo de aplicação, o qual já foi
suficientemente relatado em capítulos anteriores, os trabalhos grupais têm se
mostrado de grande utilidade em muitas outras áreas da saúde humana.
Educação. A pedagogia dos grupos permite uma síntese
perfeita entre instrução e socialização do indivíduo. Todas as vertentes da
Dinâmica Grupal contribuem para essa perfeição, no entanto, foram os achados de
Lewin e de Moreno que mais contribuíram para esse objetivo pedagógico.
Didaticamente, ao se diferenciar as contribuições entre um
e outro desses autores, pode-se dizer que os postulados lewinianos se
relacionam mais à apreensão do conhecimento dentro do processo de aprendizagem;
e os achados morenianos são diretamente aplicáveis no treinamento do papel do
educador no processo de sua formação profissional.
Apreensão do Conhecimento. As já relatadas experiências de
Lewin permitiram o desenvolvimento de uma nova mentalidade pedagógica em que se
destacam três princípios: no primeiro, o grupo (classe) não é concebido como
ambiente de competição, mas sim como ele mesmo, um fato de cooperação, sendo
por isso um objeto de sua própria instrução; o segundo preceitua que o papel do
monitor (professor) é motivar o grupo, controlar seu funcionamento e seus
resultados, e ajudá-los a definir suas dificuldades; por fim o terceiro implica
num método pedagógico ativo. Ou seja, nele os "alunos", através de
suas próprias experiências, devem chegar ao conhecimento.
Observar que a tríade ambiente, educador, educando se
articula em momentos considerados ideais por alguns educadores, para o processo
ensino-aprendizagem, ou seja, momentos fecundos em que se sente no aluno a
tensão por conhecer, em que se percebe a ruptura do equilíbrio em sua visão e
compreensão do mundo que o rodeia, e com isso, o surgimento do interesse para
recuperar esse equilíbrio. Nesses momentos, depois de surpreender-se ou
desconcertar-se, o aluno começa a perguntar, e as questões que formula são
autênticas, porque são espontâneas e, por essa mesma razão, provocadoras de
novos interesses [36: p. 47].
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Sites:
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SOBRAP - Sociedade Brasileira de Psicanálise, Dinâmica de
Grupo e Psicodrama
Lista de discussão sobre dinâmica de grupo
Técnicas de Grupo - em espanhol.
Livros:
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de Dinâmica de Grupo: Jogos e Exercícios. São Paulo: Ed. Casa do
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Fontes.
Rogers, C. (1970). Grupos de
encontro. Lisboa: Moraes.
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
EMENTA:
Principais referenciais teóricos do processo de avaliação,
Processos de planejamento de avaliação, conceito e propósitos da avaliação de
aprendizagem, avaliação e educação, políticas
de aprovação, os novos instrumentos metodológicos de avaliação no processo
ensino – aprendizagem, Avaliação institucional, A auto – avaliação, A escola
sem avaliação e reprovação.
INTRODUÇÃO:
“A vida é transbordante do novo. Mas é necessário esvaziar o
velho para dar espaço à entrada do novo” (Eillen Caddy)
A avaliação é um dos elementos do currículo e assim é
reconhecida, unanimemente, pela imensa maioria dos trabalhos que dissertam
sobre estas questões. A avaliação é, portanto, uma questão a ser levada em
conta tanto no planejamento como na execução de projetos curriculares de
qualquer natureza.
Avaliação
é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos,
habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento, propostas nos objetivos, afim de que haja condições de decidir
sobre a melhor pratica do professor em sala de aula, LIBÂNEO (1994, p. 195)
afirma que: “a avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização
de provas e atribuição de notas. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico
– didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a
instrumentos de verificação do rendimento escolar”.
A
avaliação não é um fim, mas um meio, sendo um meio, não é algo que termine em
um determinado momento, embora possa ser estabelecido um tempo pra concluí-lo.
Charles
Hadji, Diretor e Professor do Departamento de Ciências da Educação da
Universidade de Grenoble, na Suíça, e
considerado um dos maiores pesquisadores do mundo no campo da avaliação da
aprendizagem, afirma que a avaliação “deve estar a serviço de uma pedagogia
dinâmica”. E esclarece: “Antes de tudo, o professor precisa deixar claro a seus
alunos, aonde ele quer chegar com cada uma das tarefas propostas. Esse é um
dever ético na nossa profissão: expor aos estudantes para que serve o
aprendizado”.(HADJI, 2001, p.25)
REFERÊNCIAS
BÁSICA:
HAYDT,
Regina Célia Cazaux. Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem.
Ed. Ática. São Paulo.1995.
SOUZA, Clarilza Prado de. Avaliação do Rendimento Escolar.
Papirus. São Paulo.2002.
FRELTON, Regina Célia de Santis, Avaliação na Educação Superior.
Papirus. São Paulo.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTAR:
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de aprendizagem plurianuais. In: PERRENOUD, P. et al. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da
avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 35-59.
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação
Dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1998.
SOUSA, S. M. Z. A avaliação na organização do ensino em ciclos. Revista de Educação. São Paulo, n. 13,
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SOUSA, S. M. Z. O significado da avaliação da aprendizagem na organização do ensino em
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Campinas, v. 9, n. 3, p. 84-93, nov. 1998.
SOUSA, Sandra M. Z. L.; ALAVARSE Ocimar M. A Avaliação no Ciclos: a centralidade da
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Educacional. Campinas, SP: Komedi, 2003, p. 71-96.
SOUSA, Sandra M. Zákia Lian; ALAVARSE, Ocimar
Munhoz; STEINVASCHER, Andrea; JEFFREY, Debora; ARCAS, Paulo. Ciclos e progressão escolar: indicações
bibliográficas. Ensaio: Avaliação e
Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, v.11, n.38, p.99-114,
jan./mar. 2003
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Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. 16ª ed.
São Paulo: Libertad, 2006.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Fórum Ciclos de Formação:
a avaliação em debate. In Ciclos. Porto Alegre: SMED, 2000.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Os Ciclos em Questão. Avaliação: Superação
da Lógica Classificatória e Excludente: do “é proibido reprovar” ao é preciso
garantir a aprendizagem. 4a ed. São Paulo: Libertad, 2002.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Progressão Continuada e Avaliação: para além
do desejo de reprovar e da imposição de aprovar. Revista
de Educação APEOESP. São Paulo:
março de 2003 (n.16).
VASCONCELLOS, Celso dos S.
Uma Outra Avaliação é Possível. Tema
Livre. Secretaria da Educação do Estado da Bahia – Instituto Anísio
Teixeira, ano V, n. 53/54. Salvador: maio/junho de 2002.
SUGESTÃO DE FILMES:
· Escritores da Liberdade
· O Clube do Imperador
· Reprovados
SUGESTÃO DE LEITURAS:
ATIVIDADE:
1 - Que tipo de
avaliação predomina em nossas escolas?
2 - Quais as
principais limitações para se avaliar adequadamente os resultados do
ensino em nossas escolas?
3 - Disserte sobre o tema: “Como eu gostaria de ser avaliado
por meus professores?”
4 - “Infelizmente ainda julgamos muito o quanto
o aluno “sabe ou não sabe” de acordo com a nota, a média que este alcançou na
prova escrita. Por isso, se faz bastante pertinente uma reflexão acerca desse
tema: Será que a prova escrita como instrumento de avaliação realmente
avalia?”. COMENTE ESSA
FRASE.
5
- Qual a importância da dinâmica de grupo no contexto educacional?
6
- Elabore
uma atividade grupal na área de educação e comente a forma de avaliar os
resultados dessa atividade.
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