quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CURSO DE METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL: 5 AULA - DINÂMICA DE GRUPO E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL




DINÂMICA DE GRUPO

OBJETIVO:
Propiciar aos participantes a aquisição de conhecimentos sobre dinâmica grupal, bem como o desenvolvimento de habilidades correlatas, capacitando-os a atuarem como facilitadores de grupo.

EMENTA:
A dinâmica é a atividade que leva o grupo a uma movimentação, a um trabalho em que se perceba, como cada pessoa se comporta em grupo, como é a comunicação, o nível de iniciativa, a liderança, o processo de pensamento, o nível de frustração, se aceita bem o fato de não ter sua ideia levada em conta. As dinâmicas de grupo costumam fazer parte dos processos de seleção de candidatos e observações das Instituições ou terapeutas. As dinâmicas servem para que se conheçam características do individuo e o seu comportamento em equipe.

O QUE É UM GRUPO
Segundo Pichon-Riviere, é quando um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes se reúnem em torno de uma tarefa especifica, ou seja um grupo com um objetivo mútuo, porém cada participante é diferente, tem sua identidade.
Segundo Zimmerman, “O individuo desde o nascimento participa de diferentes grupos numa constante dialética entre a busca de sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social” Todo individuo passa a maior parte do tempo de sua vida em grupos – convivendo e interagindo.
Todo educador ensina à seu grupo, mas só sabe o que vai ensinar quando conhece o seu grupo.
    
CARACTERISTICAS DO GRUPO
1-        procura de um objetivo comum, que motiva sua participação na atividade do grupo.
2-        múltiplos intercâmbios entre si (sorrisos entre si, cumplicidade), interação psicológica.
3-        Existência própria (através de objetivo comum e da enter-relação psicológica.

OBJETIVOS DO GRUPO => dividir em grupos de: trabalho, de formação e mistos.
Grupo de Trabalho => preocupa-se com um trabalho a realizar, busca do objetivo comum.
Grupo de formação => preocupa-se com o funcionamento do grupo como tal => laboratório para analisar o próprio processo.  O grupo de formação faz emergir à consciência para estuda-los => trabalho de equipe.
Grupo Misto => intermediário, procura assegurar um entendimento real entre as pessoas do plano social ( grupo 1) e o emocional ( grupo 2), une a eficiência do grupo de trabalho, o realismo psicológico do grupo de formação => sua preocupação principal => solução de seus problemas de trabalho.

FORMAÇÃO DO GRUPO => Dinamismo do grupo => 2 fatores:
1.         circunstancias nas quais se forma o grupo;
2.         as relações que se estabelecem entre seus membros.

UM BREVE RELATO SOBRE A HISTÓRIA DAS DINÂMICAS DE GRUPO
Tudo começou no período paleolítico, com as ingênuas brincadeiras das crianças. Izabel conta que nesta fase já existem registros de desenhos nas cavernas, provavelmente retratando as guerras entre as tribos ou lutas com os animais (para subsistência). As crianças, posteriormente, imitavam os pais utilizando as armas na simulação de brincadeiras de guerra. Neste período já há impressões arqueológicas de que eles tinham consciência do jogo, usando uma bexiga de animal como bola, por exemplo. Na Idade Média, surge a ideia da simulação de situações. Os pagens simulavam uma "guerra" com as crianças, fazendo uso de arco-e-flexa e de jogos como "cabo de guerra". Nesta época já há inclusive a ideia de ganho e perda que um jogo pode causar.
Mais tarde, já na época industrial, em 1933, foi realizada uma pesquisa para verificar se o estresse e as condições estruturais das fábricas influíam no trabalho dos operários. A investigação provou que as condições de trabalho, extremamente precárias, prejudicavam e causavam fadiga nos funcionários. Com algumas melhorias, como uma iluminação adequada, os trabalhadores tiveram uma significativa melhora na performance. "Desde então foi provado que os fatores externos prejudicam na dinâmica dos grupos".

CONCEPÇÕES DA DINÂMICA GRUPAL
Há diversas concepções para a Dinâmica Grupal. Observamos que, no geral, cada uma delas reflete uma posição particular do que seja, e para que serve essa especialidade do conhecimento que trata das relações humanas quando em grupos sociais.
O interesse científico pela Dinâmica Grupal é recente — trata-se de uma ciência do século XX.
No entanto, já no século XVIII que, por ter sido caracterizado por enormes avanços no conhecimento humano e pelas grandes revoluções políticas da Inglaterra, da França e da Independência Americana, foi chamado de Século das Luzes, viveu Giambattista Vico (1688-1744), um pensador italiano que hoje é reconhecido por sua aura de precursor das ciências humanas.
Nos termos da Dinâmica Grupal, esse preceito implicou diretamente na contemporânea metodologia científica denominada de pesquisa-ação — nessa, o sujeito pode demonstrar logicamente um fenômeno grupal que também é feito, verdadeiramente, por ele enquanto membro desse grupo em estudo. Ou seja, ele torna-se sujeito-objeto da pesquisa.
Há também uma notável pertinência epistemológica dessa proposição com a Teoria da Espontaneidade de Moreno. A palavra espontâneo, um termo central na teoria moreniana, etimologicamente deriva do latim sua sponte: ‘de livre vontade’; o que se produz por iniciativa própria do agente, sem ser o efeito de uma causa exterior. Dado que se demonstra a relação dos estados espontâneos com as funções criadoras [4: p. 53], então pode-se presumir que, em verdade, só o que é criado de maneira espontânea, ‘de livre vontade’, pode ser considerado como obra minha; e também disso inferir que só o espontaneamente feito é verdadeiro.
Basicamente, pode-se classificar todas as concepções de três maneiras: ideológica, tecnológica, fenomenológica.
Concepção Ideológica. Considera que a Dinâmica Grupal é uma forma especial de ideologia política na qual são ressaltados os aspectos de liderança democrática e da participação de todos na tomada de decisões. Também ressaltam-se as vantagens, tanto para a sociedade como para os indivíduos comuns, das atividades cooperativas em pequenos grupos. Foi cientificamente experimentada por Kurt Lewin. Com as pesquisas sobre o fenômeno da boa liderança, Lewin demonstrou que, quando os seres humanos participavam de atividades em grupos democráticos, não somente sua produtividade era intensificada, como também o seu nível de satisfação era elevado e as suas relações com os outros membros baseavam-se na cooperação e na redução das tensões (...) nessas circunstâncias, o grupo tornava-se suficientemente autônomo para prosseguir sua tarefa mesmo quando o líder se ausentava [2: p. 98].
Concepção Tecnológica. Conforme essa concepção, a Dinâmica Grupal refere-se a um conjunto de métodos e técnicas usadas em intervenções nos chamados grupos primários, como famílias, equipes de trabalho, salas de aula etc. A rigor, o uso de qualquer uma dessas técnicas objetiva aumentar a capacidade de comunicação e cooperação e, consequentemente, incrementar a espontaneidade e a criatividade dos seres humanos quando em atividade grupal. Todas elas podem, didaticamente, ser enquadradas em duas variantes de intervenção: uma, dos Jogos Dramáticos; outra, do Psicodrama.
Jogos Dramáticos. Essa variante privilegia o jogo espontâneo, muitas vezes sem regras pré-estabelecidas, para dinamizar a grupalidade humana. Essa variante de concepção da Dinâmica Grupal é universalmente difundida, isso se dá basicamente pelo fato de que a necessidade lúdica do jogo é inerente ao crescimento e desenvolvimento humano, e também porque é especialmente aplicada na área da educação. - Nos países anglo-saxônicos o jogo dramático espontâneo é uma atividade comum nas escolas de primeiro e segundo grau, sendo incluído na disciplina conhecida como Teatro na Educação, pois é reconhecido como um meio efetivo de aprendizagem tanto para o conteúdo das matérias quanto para a própria vida [3: p. XI/XII].
Psicodrama. Assim como o seu corolário o Sociodrama, o Psicodrama historicamente se originou no Teatro Espontâneo ou Teatro da Improvisação fundado por Moreno em Viena no ano de 1921. Do Teatro Espontâneo que pretendia pôr fim à repetição da conserva dramática do teatro convencional e dos clichês de papéis, permitindo uma contribuição inteiramente criadora e espontânea para que assim pudesse desenvolver novos papéis, nasceu o Psicodrama [4: p. 31].
Essa variante tecnológica que é centralizada na noção de papéis sociais, e que enfatiza a ação corporal, tem sido utilizada de uma maneira muito especial no campo terapêutico. Para isso, foram desenvolvidas múltiplas técnicas direcionadas especialmente para treinamento de papéis (role playing) caracterizados como saudáveis. Entre as técnicas criadas por Moreno, as mais usadas são: solilóquios, inversão de papéis, duplos, espelhos, realização simbólica, psicodança.
Concepção Fenomenológica. Aqui estão autores que priorizam suas atividades em torno da idéia de que os fenômenos psicossociais que ocorrem nos pequenos grupos é resultado de um sistema humano articulado como um todo, uma gestalt. Entre esses fenômenos, citam-se: coesão, comunicação, conflitos, formação de lideranças etc. Nessa concepção, também pode-se observar duas formações teóricas: uma, a Psicologia da Gestalt, que é descritiva, pois centra seus postulados na descrição dos fenômenos que ocorrem no aqui-agora do mundo grupal — por exemplo, a configuração espacial adotada regularmente por uma unidade grupal; a outra, a Psicanálise, que é explicativa por que procura explicar a unidade do grupo através da idéia de uma ‘mentalidade grupal’ (instinto social), muitas vezes inconsciente para os membros do próprio grupo.
Psicologia da Gestalt. Dessa escola da Psicologia, o grande impulsionador da Dinâmica Grupal foi Kurt Lewin. Lewin, em sua Teoria de Campo, desenvolveu um esquema sui-generis para explicar as interações humanas: baseando-se nos princípios da topologia — ramo da geometria que trata das relações espaciais sem considerar a mensuração quantitativa, estabeleceu uma teoria dinâmica da personalidade centrada na idéia de campo psicológico [5: p. 83] que mantém interpendência com múltiplas forças sociais; daí, desenvolveu uma metodologia de trabalho: pesquisa-ação (action research), na qual o indivíduo é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto da ação em estudo; e criou o primeiro laboratório de Dinâmica Grupal, onde em estudos realizados com grupos primários (face to face groups) introduz conceitos retirados da física do campo magnético para descrever os fenômenos da existencialidade social do ser humano — entre os termos os mais comuns são: coesão, locomoção em direção a objetivos, procura de uniformidade, atração e equilíbrio de forças; e a partir deles concebe a ideia do grupo como um todo dinâmico, uma gestalt que não é só resultado da soma dos seus integrantes, mas é possuidor de propriedades específicas enquanto ‘um todo’ [6: P. 5323].
Enfim, para Lewin, esse grupo como uma totalidade dinâmica, busca formas de equilíbrio no seio de um campo de forças sociais, sendo isso, por exemplo, o que explica a emergência de lideranças, fenômenos que aparecem como que reunindo um campo social de alto privilégio, e funciona como centro de atração de todos os movimentos coletivos [7: P. 10].
 Psicanálise. A utilização dos postulados da Psicanálise para explicar a Dinâmica Grupal foi inicialmente tentada por Freud em sua obra "Psicologia de grupo e análise do ego". No entanto, o esquema conceitual, referencial e operativo [8: p. 98] no qual ele desenvolvia sua tarefa, estava referido não propriamente ao que atualmente se concebe como grupo humano (microgrupo; grupo primário; face to face groups), mas sim a fenômenos sociológicos como raças, castas, profissões, multidões etc.
No entanto, Freud ao reconhecer que a psicologia individual é, ao mesmo tempo, também psicologia social [9: p. 13], teve uma intuição primordial: quando as pessoas se organizam em grupos, surgem fenômenos como expressão de um instinto especial que já não é redutível — instinto social: herd instinct, group mind —, que não vêm à luz em nenhuma outra situação [9: p. 14). Completa sua intuição com um raciocínio irrefutável: é possível descobrir os primórdios da evolução desse instinto no círculo familiar [9: p. 14].
A dinâmica de grupo é usada como ferramenta com fins de aprendizagem nos Estados Unidos desde 1950. No Brasil, imagina-se que ela começou a ser utilizada em escolas e empresas na década de 70, mas não há dados que comprovem isso.
APLICAÇÕES DA DINÂMICA GRUPAL
Como está na classificação, a Dinâmica Grupal é uma ciência interdisciplinar. Isso significa que são múltiplas as suas aplicações técnicas, e, por conseguinte, também são múltiplos os campos dos saberes humanos que podem ser beneficiados com seus conhecimentos.
Entre os saberes beneficiados, citaríamos um enorme rol: saúde, educação, serviço social, administração de empresas, política, esportes, religião etc. No entanto, para efeitos descritivos, escolhemos apenas os quatro primeiros relacionados acima — Saúde, Educação, Administração e Serviço Social, para fazer uma sucinta descrição sobre os seus termos que são particularmente beneficiados com os conhecimentos da Dinâmica Grupal.
Saúde. Na área da saúde humana é onde se situam os resultados mais promissores das aplicações práticas da Dinâmica Grupal.
Neste sentido o destaque cabe às já apresentadas psicoterapias grupais. No entanto, além desse campo de aplicação, o qual já foi suficientemente relatado em capítulos anteriores, os trabalhos grupais têm se mostrado de grande utilidade em muitas outras áreas da saúde humana.
Educação. A pedagogia dos grupos permite uma síntese perfeita entre instrução e socialização do indivíduo. Todas as vertentes da Dinâmica Grupal contribuem para essa perfeição, no entanto, foram os achados de Lewin e de Moreno que mais contribuíram para esse objetivo pedagógico.
Didaticamente, ao se diferenciar as contribuições entre um e outro desses autores, pode-se dizer que os postulados lewinianos se relacionam mais à apreensão do conhecimento dentro do processo de aprendizagem; e os achados morenianos são diretamente aplicáveis no treinamento do papel do educador no processo de sua formação profissional.
Apreensão do Conhecimento. As já relatadas experiências de Lewin permitiram o desenvolvimento de uma nova mentalidade pedagógica em que se destacam três princípios: no primeiro, o grupo (classe) não é concebido como ambiente de competição, mas sim como ele mesmo, um fato de cooperação, sendo por isso um objeto de sua própria instrução; o segundo preceitua que o papel do monitor (professor) é motivar o grupo, controlar seu funcionamento e seus resultados, e ajudá-los a definir suas dificuldades; por fim o terceiro implica num método pedagógico ativo. Ou seja, nele os "alunos", através de suas próprias experiências, devem chegar ao conhecimento.
Observar que a tríade ambiente, educador, educando se articula em momentos considerados ideais por alguns educadores, para o processo ensino-aprendizagem, ou seja, momentos fecundos em que se sente no aluno a tensão por conhecer, em que se percebe a ruptura do equilíbrio em sua visão e compreensão do mundo que o rodeia, e com isso, o surgimento do interesse para recuperar esse equilíbrio. Nesses momentos, depois de surpreender-se ou desconcertar-se, o aluno começa a perguntar, e as questões que formula são autênticas, porque são espontâneas e, por essa mesma razão, provocadoras de novos interesses [36: p. 47].

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FERNANDES, Maria Nilza de Oliveira. “Líder-educador: Novas formas de gerenciamento. 2a. edição, Ed. Vozes, Petrópolis-RJ, 2002.
AUBRY, Jean-Marie. Dinâmica de Grupo. São Paulo: ed. Loyola, 1978.
YOZO, Ronaldo Yudi K. - 100 JOGOS PARA GRUPOS: Uma abordagem psicodramática para empresas, escolas e clínicas. Ed. Agora, 6 ª edição. 1996.
BROICH, Josef. Jogos para crianças. São Paulo. Edições Loyola, 1999.
GONÇALVES, Camila Salles(org.). Psicodrama com Crianças: Uma psicoterapia possível. São Paulo: Agora, 1988.
GILLIG, Jean-Marie. O Conto na Psicopedagogia. Porto Alegre: Artes Médicas Sula, 1999.
FERNANDEZ, Alicia. Psicopedagogia em Psicodrama: Morando no brincar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: O resgate do jogo infantil. São Paulo: Ed. Moderna, 1996.
CREMA, Roberto et al. Liderança em tempo de transformação. Brasília: Letrativa, 2001.
TELES, Maria Luiza Silveira. Psicodinâmica do desenvolvimento humano. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
LEWIN, Kurt. Problemas de Dinâmica de grupo. Cultrix. SP.1999
MAILHIOT, Gérald B. Dinâmica e Gênese dos grupos. Livraria duas cidades, SP, 1991
MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de Grupo. Atlas, SP, 1997.
MATTA, João Eurico. Dinâmica de grupo e desenvolvimento de organizações. SP, 1975.
LUFT, Moraes. Introdução a dinâmica de grupos. Lisboa, 1970.


Sites:
Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo
SOBRAP - Sociedade Brasileira de Psicanálise, Dinâmica de Grupo e Psicodrama
Lista de discussão sobre dinâmica de grupo
Técnicas de Grupo - em espanhol.

Livros:
Andrade, Sueli Gregori. (1999). Teoria e Prática de Dinâmica de Grupo: Jogos e Exercícios. São Paulo: Ed. Casa do Psicólogo.
Barreto, Maria Fernanda Mazzotti (2003). Dinâmica de Grupo: história, prática e vivências. São Paulo: Editora Átomo.
Bertalanffy, L. (1977). Teoria geral dos sistemas. Petrópolis: Vozes.
Bion, W.R. (1975). Experiências em grupos. São Paulo: Imago/Edusp.
Cartwright, D. & Zander, A. (1967). Dinâmica de grupo. São Paulo: Herder.
Caviédes, Miguel. Dinâmica de Grupo para uma Comunidade. São Paulo: Edições Paulinas.
Dimitrius, Jo-Ellan e Mark Mazzarella. Decifrar Pessoas. Rio de Janeiro: Campus.
Freud, S. (1976). Dinâmica de grupo e análise do ego. Obras completas. Rio de Janeiro: Imago.
Lapassade, G. (1977). Grupos, organizações e instituições. São Paulo: Francisco Alves.
Lewin, K. (1970). Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix.
Liebmann, Marian. (2000). Exercícios de arte para grupos: um manual de temas, jogos e exercícios. São Paulo: Summus Editorial.
Luft, J. (1968). Introdução à dinâmica dos grupos. Lisboa: Moraes.
Mailhot, G.B. (1985). Dinâmica e gênese dos grupos: atualidades das descobertas de Kurt Lewin. São Paulo: Duas Cidades.
Marx, Roberto. (1998). Trabalho em grupos e autonomia como instrumentos de competição. São Paulo: Atlas.
Moreno, J.L. (1975). Psicoterapia de grupo e psicodrama. São Paulo: Mestre Jou.
Moscovici, F. (1998) Desenvolvimento interpessoal. Rio de Janeiro: José Olympio.
Moscovici, F. (1994). Equipes dão certo. Rio de Janeiro: José Olympio.
Minimucci, Agostinho. (2002). Dinâmica de Grupo: Teorias e Sistemas. São Paulo: Atlas.
Minimucci, Agostinho. (2001). Técnicas do Trabalho de Grupo. São Paulo: Atlas.
Pagès, M. (1976). A vida afetiva dos grupos. Petrópolis: Vozes.
Pichón-Riviére, E. (1988). O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes.
Rogers, C. (1970). Grupos de encontro. Lisboa: Moraes.


AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

EMENTA:
Principais referenciais teóricos do processo de avaliação, Processos de planejamento de avaliação, conceito e propósitos da avaliação de aprendizagem, avaliação e educação, políticas de aprovação, os novos instrumentos metodológicos de avaliação no processo ensino – aprendizagem, Avaliação institucional, A auto – avaliação, A escola sem avaliação e reprovação.

INTRODUÇÃO:
“A vida é transbordante do novo. Mas é necessário esvaziar o velho para dar espaço à entrada do novo” (Eillen Caddy)

A avaliação é um dos elementos do currículo e assim é reconhecida, unanimemente, pela imensa maioria dos trabalhos que dissertam sobre estas questões. A avaliação é, portanto, uma questão a ser levada em conta tanto no planejamento como na execução de projetos curriculares de qualquer natureza.
Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, afim de que haja condições de decidir sobre a melhor pratica do professor em sala de aula, LIBÂNEO (1994, p. 195) afirma que: “a avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico – didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar”.
A avaliação não é um fim, mas um meio, sendo um meio, não é algo que termine em um determinado momento, embora possa ser estabelecido um tempo pra concluí-lo.
Charles Hadji, Diretor e Professor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de  Grenoble, na Suíça, e considerado um dos maiores pesquisadores do mundo no campo da avaliação da aprendizagem, afirma que a avaliação “deve estar a serviço de uma pedagogia dinâmica”. E esclarece: “Antes de tudo, o professor precisa deixar claro a seus alunos, aonde ele quer chegar com cada uma das tarefas propostas. Esse é um dever ético na nossa profissão: expor aos estudantes para que serve o aprendizado”.(HADJI, 2001, p.25)


REFERÊNCIAS BÁSICA:
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem. Ed. Ática. São Paulo.1995.
SOUZA, Clarilza Prado de. Avaliação do Rendimento Escolar. Papirus. São Paulo.2002.
FRELTON, Regina Célia de Santis, Avaliação na Educação Superior. Papirus. São Paulo.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTAR:

PERRENOUD, P. O desafio da avaliação no contexto dos ciclos de aprendizagem plurianuais. In: PERRENOUD, P. et al. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 35-59.
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação Dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1998.
SOUSA, S. M. Z. A avaliação na organização do ensino em ciclos. Revista de Educação. São Paulo, n. 13, p. 30-36. 2001.
SOUSA, S. M. Z. O significado da avaliação da aprendizagem na organização do ensino em ciclos. Pro-Posições, Campinas, v. 9, n. 3, p. 84-93, nov. 1998.
SOUSA, Sandra M. Z. L.; ALAVARSE Ocimar M. A Avaliação no Ciclos: a centralidade da avaliação. In: FREITAS, Luiz C. de (Org.). Questões de Avaliação Educacional. Campinas, SP: Komedi, 2003, p. 71-96.
SOUSA, Sandra M. Zákia Lian; ALAVARSE, Ocimar Munhoz; STEINVASCHER, Andrea; JEFFREY, Debora; ARCAS, Paulo. Ciclos e progressão escolar: indicações bibliográficas. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, v.11, n.38, p.99-114, jan./mar. 2003
SOUSA, Sandra M. Zákia. A avaliação na organização do ensino em ciclos. In KRASILCHIK, Myrian (org.). USP fala sobre Educação. São Paulo: FEUSP, 2000.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação como Processo de Inclusão. In Anais do Seminário de Educação de Criciúma. Criciúma: Secretaria Municipal de Educação, 2001.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação: Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. 16ª ed. São Paulo: Libertad, 2006.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Fórum Ciclos de Formação: a avaliação em debate. In Ciclos. Porto Alegre: SMED, 2000.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Os Ciclos em Questão. Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente: do “é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem. 4a ed. São Paulo: Libertad, 2002.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Progressão Continuada e Avaliação: para além do desejo de reprovar e da imposição de aprovar. Revista de Educação APEOESP. São Paulo: março de 2003 (n.16).
VASCONCELLOS, Celso dos S. Uma Outra Avaliação é Possível. Tema Livre. Secretaria da Educação do Estado da Bahia – Instituto Anísio Teixeira, ano V, n. 53/54. Salvador: maio/junho de 2002.


SUGESTÃO DE FILMES:
·       Escritores da Liberdade
·       O Clube do Imperador
·       Reprovados

SUGESTÃO DE LEITURAS:

ATIVIDADE:
1 - Que tipo de avaliação predomina em nossas escolas?
2 - Quais as principais limitações para se avaliar adequadamente os resultados do ensino em nossas escolas?
3 - Disserte sobre o tema: “Como eu gostaria de ser avaliado por meus professores?
4 - “Infelizmente ainda julgamos muito o quanto o aluno “sabe ou não sabe” de acordo com a nota, a média que este alcançou na prova escrita. Por isso, se faz bastante pertinente uma reflexão acerca desse tema: Será que a prova escrita como instrumento de avaliação realmente avalia?”. COMENTE ESSA FRASE.
5 - Qual a importância da dinâmica de grupo no contexto educacional?
6 - Elabore uma atividade grupal na área de educação e comente a forma de avaliar os resultados dessa atividade.

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