“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz
somente até onde os outros foram.” Graham Bell
INTRODUÇÃO:
Propiciar ao estudante entender que o conhecimento matemático é
construído historicamente. (MIGUEL & MIORIM, 2004)
A utilização da História da Matemática na Educação propicia:
•
Levantamento de questões relevantes e
fornece problemas que podem motivar, estimular e atrair o aluno.
•
O desenvolvimento histórico da
Matemática mostra as ideias, dúvidas e críticas que foram surgindo e que hoje
precisam de reorganização, ou seja, a matemática está sempre em construção.
•
Fornece subsídios para articular
diferentes disciplinas.
•
Possibilita desenvolver a capacidade
matemática, habilidades como a leitura, escrita, análise e argumentação.
•
Fornece oportunidade aos alunos e professores
de entrar em contato com matemáticas de outras culturas.
•
Perceber que a Matemática é algo humano,
belo e envolvente.
Texto: A Evolução da
Resolução de Problemas no Currículo Matemático de Beatriz S. D’Ambrosio. Disponível
em: http://www.rc.unesp.br/serp/trabalhos_completos/completo1.pdf
A resolução de
problemas sempre foi considerada uma parte importante do ensino de matemática. No século XIX educadores acreditavam que a
resolução de problemas deveria ocorrer como a aplicação de princípios
aprendidos. O objetivo era de exercitar
e fortalecer os músculos do cérebro. O
professor ensinava o conteúdo, o aluno praticava a aplicação. De acordo com Ray (autor de livro texto em
1856) “ o aluno nunca terá que aplicar nenhuma operação que não tenha sido
explicada.” Infelizmente, essa visão de
resolução de problemas tem predominado o ensino de matemática há mais de 150
anos, apesar das diversas percepções do que deva ser o papel da resolução de
problemas no ensino da matemática.
Através da história
encontramos muitas propostas sobre a maneira como os professores devam utilizar
a resolução de problemas como atividade de sala de aula. Stanic e Kilpatrick (1988) nos oferecem uma
história da resolução de problemas desde a antiguidade até o final do século XX.
Eles analizam a influência de Pólya (1945, 1981) e Dewey (1933) na resolução de
problemas através do século passado.
A interpretação muito
limitada do trabalho de Pólya resultou em propostas curriculares que (nos anos
1960 a 1990) transmitiam aos alunos uma visao da resolução de problemas como um
procedimento seguindo passos determinados. As propostas curriculares incluíam a
resolução de problemas como um capítulo ou como atividades independentes. A
proposta decompunha a resolução de problemas em quatro subatividades: compreender o problema, desenvolver um plano,
implementar o plano, e avaliar a solução.
Muita ênfase foi dada ao ensino desses quatro passos. Alunos resolviam
problemas demonstrando cada passo.
Ensinava-se também uma
coleção de heurísticas ou estratégias de resolução. A análise mais profunda do
trabalho de Pólya nos mostra uma visão de resolução de problemas muito mais rica
do que a que foi assumida nas propostas curriculares. Pólya estudava o trabalho de investigação dos
matemáticos e propunha um ensino que criasse oportunidades para que os alunos
se comportassem como matemáticos, investigando problemas abertos e desafiantes para
todos. Esse aspecto da proposta
pedagógica de Pólya se perdeu na tentativa de inseri-lo em livros texto.
Dewey também nos
ofereceu importantes direções para a nossa reflexão sobre a resolução de problemas. Ele propunha que os projetos curriculares
fossem baseados nas experiências dos alunos.
Tudo que fosse colocado para o aluno sem uma âncora na sua experiência
se tornaria “inútil; como entulho, criando barreiras e obstruíndo a possibilidade
de pensar sobre os problemas enfrentados.” Na proposta de Dewey, a criança
deveria enfrentar problemas reais e resolver os mesmos sem uma preocupação em
acumular regras e procedimentos. “Regras
e procedimentos, técnicas, podem ser inteligentemente, e não mecanicamente
utilizados, somente quando a inteligência do aluno fez parte de sua aquisição.”
Tanto Pólya, em 1981, quanto Dewey, em 1933, sugeriram que o professor optasse
por envolver seus alunos na resolução de poucos problemas bem escolhidos, ao
inves de carregar o currículo com tantos conceitos e procedimentos.
O
Ensino de Matemática via a Resolução de Problemas
A partir dos anos 90 a
resolução de problemas se tornou uma parte mais integrante da sala de aula de
matemática. Surgiram as propostas
curriculares que situavam o ensino de matemática via a resolução de
problemas. A proposta era de colocar
problemas aos alunos a partir dos quais novo conteúdo pudesse ser desenvolvido.
Surgiram várias propostas interessantes como o uso de modelagem, e o uso de
problemas de investigação, a serem resolvidos individualmente ou em pequenos
grupos. Com uma postura diferente quanto aos tipos de atividade a serem
propostas aos alunos, modificava-se a dinâmica da sala de aula.
Modificavam-se os livros
textos, e modificavam-se também as conversas sobre avaliação. O ensino de
regras e procedimentos se tornava menos enfatizado na aula de matemática.
Alunos estabeleciam um novo relacionamento com a disciplina da matemática. A questão de motivação e a disposição
emocional dos alunos quanto à matemática se tornava um elemento importante da
conversa sobre ensino e aprendizagem.
ATIVIDADE:
A parti desse texto http://www.cursoraizes.com.br/resources/10573728032012Historia_da_Matematica_Aula_1.pdf,
faça um projeto contemplando uma proposta de aula, pontuando a matemática como
principal fonte de resolução de problemas, relacionando-os em um contexto histórico
pelo qual perpassou a história da matemática.
Esquema
do trabalho:
1.
Introdução
(1
página): argumentação do(s) modelo(s) de ensino da matemática
2.
Contextualização
(2 páginas):
- a) Descrição das características sociais, culturais e econômicas dos alunos e suas famílias.
- b) Idade e nível escolar dos alunos a que são dirigidas as atividades.
- c) Disciplinas básicas em que se integrarão as atividades.
3.
Objetivos
(1 página).
4.
Atividades:
5 atividades, com os seguintes itens (1 ou 2 páginas por atividade):
- a) Objetivo/s da atividade.
- b) Desenvolvimento da atividade.
- c) Material necessário.
- d) Tempo.
- e) Avaliação da atividade.
O
trabalho deve cumprir os seguintes requisitos formais:
·
Extensão: Entre 2 a 4 laudas (sem
contar as instruções, os enunciados, a bibliografia nem os anexos – se houver
–).
·
Tipo de letra: Arial ou Times New Roman
·
Tamanho: 12
·
Entrelinhas: 1,5.
·
Alinhamento: Justificado
SUGESTÃO
DE LEITURAS:
SUGESTÃO
DE VIDEOS:
REFERÊNCIAS:
PARANÁ. Secretaria de
Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de matemática.
Curitiba: SEED- PR, 2008.
EVES, H. Introdução
à história da Matemática. Campinas:
Unicamp, 2004.
Pode postar essa atividade logo também, queria fazer logo porque tenho outras coisas para estudar.
ResponderExcluirGrata