EMENTA:
A importância do papel pedagógico
no jogo. Jogos em grupo, artes e Processos criativos na Educação. O brincar.
Vínculo e afetividade. As
inter-relações. Analise de casos vivenciais de recreação,
criação de jogos para as dificuldades de
aprendizagem.
INTRODUÇÃO:
Desde a época da pré-história, existem brinquedos. O ser humano,
em todas as fases da vida, está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas
por meio do contato com outro. Ele nasceu para aprender, para descobrir e
apropriar-se de todos os conhecimentos.
A educação lúdica está distante da concepção ingênua de
passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial. Ela é uma ação inerente
na criança, no jovem no adulto.
Educar ludicamente tem significado muito importante e está
presente em todos os segmentos da vida, desenvolvendo inúmeras funções
cognitivas e sociais.
Os jogos constituem sempre uma forma de atividade inerente ao ser
humano. Entre os primitivos, as atividades de dança, caça, pesca, lutas, eram
uma forma de sobrevivência, mas muitas vezes o caráter de divertimento e prazer
natural.
Para Jean Piaget, os jogos enriquecem o desenvolvimento
intelectual. Os jogos tornam-se mais significativos a medida que a criança se
desenvolve, pois, a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa
a reconstruir objetos reinventar as coisas, o que exige uma adaptação mais
completa.
Considerando a realidade em que vive a criança e a interação do
adulto para com ela, não se pode esquecer que o brinquedo torna-se hoje, um
jogo de consumo numa sociedade que propõe qualquer objeto para ser consumido
como brinquedo.
Os jogos que as crianças participam, inventam, se interessam,
enriquecem os esquemas perceptivos(visuais, auditivos, sinestésicos),
operativos(memória, imaginação, lateralidade, representação, análise, síntese)
que combinam com a coordenação motora.
Misturar uma parcela de trabalho com uma boa dose de brincadeira
transformaria o aprendizado, num jogo bem-sucedido.
Segundo Makarenko, o professor não deve se opor à liberdade do
aluno. Deve sim, reforçar a confiança, incentivar a autonomia do aluno, abrir
os horizontes, promover a autogestão da coletividade pelo próprio aluno.
Uma educação que envolva os aspectos lúdicos do jogo/brincar
distancia-se das concepções tradicionais que priorizam o repasse de conteúdos,
a disciplina e o ordenamento sistêmico.
Muitas crianças na faixa etária de sete a doze anos parecem não
demonstrarem desenvolvimento sócio-afetivos, cognitivos e psicomotores
suficientes para dar continuidade, com sucesso, ao seu processo de
desenvolvimento. Tal deficiência parece caracterizar-se pela falta de jogos e
atividades lúdicas. Pois, a criança hoje em casa permanece horas diante da
televisão, e na escola é transformada em ouvinte.
Os jogos devem ser utilizados nas atividades escolares para que
estes supram as necessidades infantis, nos quais paralelamente aos trabalhos
escolares, venha desenvolver-se. O jogo torna a educação agradável tem valor
atrativo e educativo. Não se deve, no entanto, confundir escola com oficina. Cada
uma possui suas especialidades, uma prepara para a vida, outra faz a vida.
Associar o entretenimento ao aprendizado, criando experiências
divertidas que tenham fundo educativo, chama-se ludoinformação e o professor
deve ter consciência dessa informação e refletir, analisar quais jogos propor.
Com relação ao aspecto lúdico da educação temos John Dewey,
filósofo norte-americano que critica a educação como mera transmissão de
conhecimentos, cultivado pelas escolas e propõe uma aprendizagem por meio de
jogos, criticando aqueles que utilizam a atividade lúdica como simplesmente uma
excitação física. Dewey (1978, p. 69), afirma que há duas qualidades de prazer:
o aspecto pessoal e consciente de uma energia em exercício, que pode ser
encontrado onde haja um desenvolvimento pleno do indivíduo. Esse prazer é
sempre absorvido, na própria atividade com que se identifica. É o prazer que
acompanha o interesse autêntico e legítimo. Sua fonte é, no fundo, uma
necessidade do organismo. E uma outra qualidade de prazer é o prazer em si
mesmo, não de uma atividade, simplesmente, "o prazer que nasce de um
contato, filho de nossa receptividade". Como já dissemos é inerente à
condição humana.
Assim, o papel do professor e sua maneira de conduzir as
atividades em sala de aula constituem o núcleo de um ensino voltado para o
pensamento. Essa estratégia desenvolve os processos operativos de pensamento,
e, para isso é necessário que os professores ouçam seus alunos, que os
respeitem como pessoas únicas. O principal é que os alunos tenham oportunidades
para pensar, pois, quando pensamos, temos idéias, experimentamos e, mesmo nos
erros, esses processos e operações de pensamento devem ser valorizados, pois
possibilitam aos alunos aprenderem a pensarem sobre os erros.
Segundo Vygotsky, o lúdico influência enormemente o desenvolvimento
da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é
estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento
da linguagem, do pensamento e da concentração.
Percebe-se, portanto, que tanto o conceito de jogo como de
infância são estabelecidos culturalmente. Desse modo, entendemos o jogo como
uma atividade lúdica em que crianças e/ou adultos participam de uma situação de
engajamento social num tempo e espaços determinados, como características
próprias delimitadas pelas próprias regras de participação na situação
"imaginária" (LEAL, 2005).
O professor não deve tornar o jogo algo obrigatório. Deve buscar
sempre jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que
vença aquele que descobrir as melhores estratégias, estabelecer regras que
possam ser modificadas no decorrer do jogo, trabalhar a frustração pela derrota
na criança, no sentido de minimizá-la, e analisar as jogadas durante e depois
da prática.
O professor que entende o seu papel como formador, mediador,
precisa agir, mudar o rumo de suas aulas. Intervir menos, deixar acontecer o
desequilíbrio para depois mediar, e que o equilíbrio seja natural. Que as
respostas fluam porque o caminho foi aberto e o professor deve proporcionar esses
momentos.
Sabe-se que a quantidade de operações realizadas pela criança ao
longo de um jogo é imensamente maior do que poderia realizar operando em
propostas fechadas, dirigidas pelo professor.
Associamos o lúdico ao sentimento de prazer, do prazer em se
fazer, realizar algo, de gostar de fazer, da alegria do contentamento.
A participação em jogos viabiliza uma conquista cognitiva,
emocional, moral e social. Com os objetivos de despertar a simpatia pela
matéria, desenvolver habilidade de cálculo mental e cultivar a imaginação.
Em suma, participar de jogos é uma atividade natural no
desenvolvimento dos processos psicológicos básicos, supõe fazer sem obrigação
externa imposta, porém demanda exigências, normas e controle, vivenciar
situações que se representem como aprender a lidar com símbolos, pensar por
analogia, compreender e utilizar convenções, regras, perceber que só pode jogar
em função da jogada do outro, o fazer e compreender juntos e desafio que
provoca no aluno interesse e prazer.
Não podemos deixar de sonhar, pois o sonho nos impulsiona e
revigora as nossas forças para a luta. Tem muita luta pela frente, mas lutar
juntos, com a escola, com os alunos e com a sociedade atual, é o caminho.
Quanto mais rico de possibilidades for o ambiente, maior a
possibilidade de o aluno desenvolver um elemento essencial para o ser humano: a
imaginação.
Ação educativa deve estar aberta para o mundo, como as trocas com
a sociedade, fora da escola ou da instituição, fundamentada na criatividade e
no estímulo de uma ação e de uma reflexão sobre a realidade.
Leia mais:
http://vivendopelaeducacao.webnode.com.pt/news/jogos-ludicos-na-sala-de-aula-/
ATIVIDADE:
Elabore
um jogo para utilizar na sala de aula com alunos que tenham dificuldade de
aprendizagem
Critérios para avaliação dessa
atividade:
·
Recursos
didáticos utilizados
·
Metodologia/aplicação
·
Que
os objetivos da aula sejam claro e estejam de acordo com a idade/serie
·
Instrumentos
avaliativos
·
Criatividade
·
Originalidade
SUGESTÃO DE LEITURAS:
SUGESTÃO DE VIDEOS:
REFERÊNCIA:
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos
Tradicionais Infantis do Brasil. FEUSP, São Paulo, 1992, 8 volumes.
FERREIRA,
P. (1999). Jogos e Dinâmicas para Grupos Juvenis. Porto:EdiçõesSalesianas.
FRITZEN, J. (1999). Dinâmicas de Recreação e Jogos.
Petropolis: Editora Vozes.
gostaria de saber as notas do curso de psicopedagogia institucional turma única de Piripá - BA
ResponderExcluirAtenciosamente.
Gilson Meireles de Almeida
Preciso saber se as minhas notas já estão disponíveis, pois gostaria de recebê-las.
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