terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CURSO DE METODOLOGIA DO ENSINO COM ÊNFASE EM BIOLOGIA: 3 AULA - SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE



INTRODUÇÃO:
Homem x Meio Ambiente

O homem moderno é o ser vivo que gera o maior impacto ao meio ambiente.
Meio Ambiente - O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Odum e Samiento apud Barbieri (2004) distingue três tipos de ambientes:
a.               O fabricado ou desenvolvido pelos seres humanos, constituído pelas cidades, pelos parques industriais e corredores de transportes como rodovias, ferrovias e portos;
b.               O ambiente domesticado, que envolve as áreas agrícolas, florestas plantadas, açudes, lagos artificiais,
c.               O ambiente natural, constituído pelas matas virgens e outras regiões auto-sustentadas, pois são acionadas apenas pela luz solar e outras forças da natureza, como precipitação, ventos, fluxo de água e etc.. Fonte:  ( BARBIERI, José Carlos, 2004, p. 2)

Em sua evolução, o homem tornou-se a forma dominante de vida na Terra, controlando outras espécies e desenvolvendo uma tecnologia que lhe permite alterar o ambiente em que vive.

Em virtude do desenvolvimento obtido, o ser humano, antes apenas um entre os vários organismos integrantes da biosfera, assumiu o papel de interventor na natureza, explorando, exaustivamente, os recursos naturais e deteriorando a qualidade do meio ambiente.
O processo realizou-se de maneira predatória, desordenada, sem uma preocupação permanente com a escassez dos recursos naturais. Daí a deterioração da qualidade do meio ambiente e, portanto, da qualidade de nossa vida na biosfera.
As intervenções do homem no meio ambiente vêm provocando algumas manifestações de conscientização sobre os problemas ambientais.
Contudo, essas manifestações de preocupação com as condições ambientais de nosso planeta são bem antigas.
Podemos comprovar esse tipo de preocupação com exemplos significativos...
  ...a carta que o cacique Seathl – Seattle –, da tribo Dwamish, do Estado de Washington, escreveu ao Presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce, em 1855, após o governo americano haver dado a entender que desejava adquirir o território da tribo.
...no século XIX, o replantio da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, por motivos ambientais, ordenado pelo Imperador Pedro II e executado pelo Major Archer a partir de 1862.
Em 1908, em uma conferência sobre conservação dos recursos naturais nos Estados Unidos, Theodore Roosevelt – então Presidente daquele país – afirmava...
Enriquecemos pela utilização pródiga de nossos recursos naturais e podemos, com razão, orgulhar-nos de nosso progresso.
Chegou, contudo, o momento de refletirmos sobre o que acontecerá quando nossas florestas tiverem desaparecido, quando o carvão, o ferro e o petróleo se esgotarem, e quando o solo estiver mais empobrecido ainda, levado para os rios, poluindo suas águas, desnudando os campos e dificultando a navegação. 
Em 1962, a publicação do livro Primavera silenciosa, da escritora americana Rachel Carson, mudou nossa percepção do funcionamento da biosfera.
Esse livro denunciava o desaparecimento dos pássaros nos campos dos Estados Unidos, provocado pela utilização do pesticida DDT na agricultura.
Pela primeira vez, um cientista foi capaz de explicar para milhões de pessoas as formas pelas quais a sociedade moderna estava atacando os sistemas de apoio à vida em nosso planeta.
Foi o início da conscientização social e política sobre as questões ambientais – embora restrita quase exclusivamente aos países desenvolvidos – que incentivou os cidadãos a exigirem informações sobre o estado do meio ambiente. 
Dois fatos exigiram uma ação governamental para tentar controlar o problema...   
  ...o agravamento dos índices de poluição nos países desenvolvidos, provocado pelo grande crescimento da produção industrial após a Segunda Guerra Mundial...
...o surgimento de uma maior conscientização sobre as questões ambientais.
A ação resultou em padrões mais rigorosos de qualidade ambiental e de emissão de poluentes industriais, iniciando a internalização dos custos ambientais assumidos em grau cada vez maior pelas atividades econômicas responsáveis.
Em 1988, a 43º Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 43/196, que propunha realizar, até 1992, uma nova conferência sobre temas ambientais.
A convocação foi marcada para junho de 1992, com o objetivo de discutir as conclusões e as propostas do Relatório Brundtland – particularmente, o conceito do desenvolvimento sustentável – e comemorar os 20 anos da Conferência de Estocolmo.
O Brasil foi escolhido para sediar essa conferência e decidiu realizá-la na cidade do Rio de Janeiro.
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD – foi realizada entre 3 e 14 de junho de 1992, e contou com dois eventos principais...    
  ...a Conferência das Nações Unidas – governamental –, com a presença de 178 países e a participação de 112 Chefes de Estado – 12 a 14 de junho –, resultando na maior conferência desse tipo jamais realizada...
...o Fórum Global, uma conferência paralela dos setores independentes – ONGs ambientalistas e ligadas a outros setores do desenvolvimento, às indústrias, aos povos tradicionais, às mulheres, etc. 
No dia 20 de dezembro de 2000, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Resolução 55/199 sobre a revisão dos 10 anos do progresso alcançado na implantação dos resultados da conferência do Rio de Janeiro.   
Nessa resolução, as Nações Unidas resolveram organizar a revisão dos 10 anos, completados em 2002, para revigorar o compromisso global com o desenvolvimento sustentável.
Também foi decidido, nessa resolução, que a décima reunião da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável seria usada como um comitê preparatório aberto para a cúpula.
A Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável – World Summit for Sustainable Development – foi realizada pelas Nações Unidas entre 26 de agosto e 04 de setembro de 2002, em Johannesburgo, África do Sul.
O Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, declarou, na solenidade de encerramento, que, se tivesse de agradecer a algum país, agradeceria...
...ao país anfitrião, por sediar a conferência...
...ao Brasil, por ser o país que mais havia avançado na questão ambiental nos últimos 10 anos.

ATIVIDADE:
Objetivo: Perceber as questões ambientais, trabalhar em equipe, estabelecer prioridades utilizando critérios.
Passo 1 (Respondam de forma objetiva às perguntas abaixo)
Quais são as três questões ambientais mais importantes?
1) Na sua cidade?
2) No seu estado?
3) No país?

Passo 2 (Selecionem entre as três questões citadas, para cada resposta, aquela que lhes parece mais relevante do ponto de vista ambiental).
Indique a questão ambiental mais relevante.
1) Na sua cidade
2) No seu estado
3) No país
3 Passo Coloque no quadro abaixo as questões ambientais e propostas pra melhoria
Questões
Soluções Propostas

















SUGESTÃO DE LEITURA:

SUGESTÃO DE VÍDEO:

REFERÊNCIAS:
Accioly, G. A. Lixo Urbano : três estudos sobre a coleta e tratamento. Florianópolis: Fundação Água Viva,1977.
Agra, S. S. Situação Atual e Perspectivas da Avaliação Ambiental no Brasil . In: Sánchez, L. E. ( org.). Simpósio Avaliação de Impacto Ambiental: Situação Atual e Perspectivas. São Paulo: Escola Politécnica da USP. 1993
Calderoni, S. Os Bilhões Perdidos no Lixo. São Paulo: Humanista,1998
Conferência da Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992).
Agenda 21. Brasília: Senado Federal, 1997
Cunha, R. C. Metodologia de Avaliação de Impactos Ambientais. Cadernos da EIAP, nº3. Rio de Janeiro: F.G.V. , 1985
Energia Eólica . DEWI – Instituto Alemão de Energia Eólica. ( traduzido pela  Eletrobrás), 1998
Figueiredo, P. J. N. Sociedade do Lixo: os resíduos, a questão energética e a crise ambiental. Piracicaba: UNIMEP, 1995
Grissi, B. M. Glossário de Ecologia e Ciências Ambientais. João Pessoa: UFPB, 2000
Jornal do Brasil. De Estocolmo a Joanesburgo –30 Anos de Políticas Ambientais . Rio de Janeiro. Edição de 25.08.02
Kiely, G. Envirommetal Engineering . Mc Graw – Hill, 1997

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