terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CURSO DE METODOLOGIAS DO ENSINO COM ÊNFASE EM BIOLOGIA: 2 AULA - ECOLOGIA E MANEJO DE ECOSSISTEMAS E POPULAÇÃO



INTRODUÇÃO:
ESTUDO DOS ECOSSISTEMAS - A Dinâmica dos Ecossistemas
Ecologia é a parte da Biologia que estuda os seres vivos no seu relacionamento entre si e com o meio ambiente onde vivem.
Etimologicamente, o nome vem do grego oikos, ‘casa, ambiente’, e logos, ‘estudo, tratado’.
É o estudo dos ecossistemas.
Ecossistema é um complexo sistema de relações mútuas, com transferência de matéria e energia, entre o meio abiótico e os seres vivos de determinada região.
Em cada ecossistema há um complexo mecanismo de passagem de matéria e energia do meio abiótico para os seres vivos, com retorno ao primeiro.
As plantas (autótrofos) utilizam a energia da luz e compostos inorgânicos para formar compostos orgânicos que encerram, em suas cadeias de carbono, uma certa quantidade daquela energia obtida da luz.
A matéria orgânica passa aos animais (heterótrofos) herbívoros e destes para os carnívoros.
Matéria e energia vão passando dos produtores aos consumidores.
Dejetos e restos de animais e plantas são decompostos por bactérias e fungos, os decompositores, voltando à sua condição de matéria inorgânica.
Todo ecossistema é formado de fatores bióticos (organismos vivos) e fatores abióticos (elementos físicos e químicos do ambiente: luz, calor, pH, salinidade, variações de pressão da água e do ar, etc.).
São exemplos de ecossistemas: uma floresta, uma campina, uma faixa mais profunda ou mais superficial das águas, um aquário ou até mesmo uma poça de água.
Cadeia Alimentar
Cadeia alimentar é uma série de sucessivas transferências pela qual passa a matéria desde os produtores até os decompositores, tendo como intermediários os consumidores.
Os seres vivos que compõem um ecossistema são denominados de biotas e se organizam em três categorias: produtores, consumidores e decompositores.
Os produtores são representados pelos seres autótrofos como os vegetais e as algas do fitoplâncton. Corresponde ao primeiro nível trófico.
Os consumidores são os organismos heterótrofos. Os herbívoros, sendo os primeiros a consumir a matéria orgânica elaborada pelos produtores, são chamados de consumidores primários; seguidos dos consumidores secundários (nutrem-se de herbívoros), terciários, etc., formando o segundo, terceiro nível trófico.
Os decompositores (bactérias e fungos) decompõem as proteínas e outros compostos orgânicos em uréia, amônia, nitratos, nitritos, nitrogênio livre, etc., devolvendo a matéria inorgânica ao meio abiótico.
Fluxo de matéria na cadeia alimentar
A matéria se mantém num ciclo interminável, ora passa por uma fase inorgânica, ora atravessa uma fase orgânica.
A energia, entretanto, não segue um caminho cíclico. Ela é unidirecional, pois se dispersa dos seres para o ambiente, sob a forma de calor, não mais sendo recuperável pelos organismos.
Dinâmica energética de um ecossistema
Teia alimentar é o fluxo de matéria e energia que passa, num ecossistema, dos produtores aos consumidores por numerosos caminhos opcionais que se cruzam.
Nos ecossistemas, muitas vezes as cadeias alimentares se superpõem, formando um emaranhado de linhas que indicam os caminhos que podem seguir os fluxos de matéria e energia. Essa superposição é chamada de teia alimentar.
As Pirâmides Ecológicas
O fluxo de matéria e energia nos ecossistemas pode ser representado por meio de pirâmides, que poderão ser de energia, de biomassa (matéria) ou de números.
Nas pirâmides ecológicas, a base é quase sempre mais larga que o topo.
A quantidade de matéria (biomassa) e de energia transferível de um nível trófico para outro sofre um decréscimo de 1/10 a cada passagem, ou seja, cada organismo transfere apenas um décimo da matéria e da energia que absorveu.
Eventualmente, a pirâmide de números pode se mostrar invertida.
Em uma floresta, o número de insetos é bem maior que o número de árvores.
Hábitat e Nicho Ecológico
Hábitat é o tipo de local ou lugar físico normalmente habitado pelos indivíduos de uma espécie.
Nicho Ecológico é o ‘lugar funcional’ ocupado por uma espécie dentro do seu sistema.
Podemos dizer que o tubarão tem hábitat aquático (água salgada) e a onça tem hábitat terrestre.
Dentro da água e sobre a terra, podemos ainda diferenciar inúmeros hábitats.
Um mesmo hábitat comporta diferentes espécies.
O nicho ecológico compreende o que a espécie faz no meio ambiente: como utiliza a energia circulante; o que come, onde, como e em que momento do dia isso ocorre; como procede em relação às outras espécies e ao próprio ambiente; em que horas do dia ou em que estação do ano tem maior atividade; quando e como se reproduz; de que forma serve de alimento para outros seres ou contribui para que naquele local se instalem novas espécies.
É praticamente impossível que duas espécies ocupem o mesmo nicho ecológico.
POPULAÇÕES E COMUNIDADES
A população é um conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que convivem numa área comum, mantendo ou não um certo isolamento em relação a grupos de outra região.
Temos como exemplo a população de bactérias da flora intestinal humana ou a de carrapatos que infestam um cão ou o capim de um terreno.
A comunidade biótica representa o conjunto de populações que habitam o mesmo ecossistema, mantendo entre si um relacionamento.
São também chamadas de biocenoses.
Em um jardim temos uma comunidade formada por plantas, insetos, microorganismos, anelídeos, crustáceos, etc.
Normalmente as populações tendem a crescer até alcançar uma dimensão estável.
O aumento exagerado de uma população pode criar condição para um desequilíbrio ecológico, bem como a redução pode indicar que alguma coisa está errada, ameaçando a sua sobrevivência.
O tamanho de uma população é determinado pelas taxas de natalidade, longevidade, mortalidade, emigração e imigração.
Existem na natureza mecanismos intrínsecos e extrínsecos que buscam manter estável o equilíbrio das populações.
Os mecanismos intrínsecos dependem da própria população. A competição intra-específica ocorre quando todos os indivíduos de uma mesma população consomem o mesmo alimento, o crescimento desordenado leva à falta de alimentação, desnutrição, doenças e morte; a população diminui e volta à dimensão ideal. A redução da taxa de reprodução é outro mecanismo intrínseco de controle populacional.
Os mecanismos extrínsecos dependem de fatores externos. Compreendem a competição interespecífica, as restrições de alimento e espaço, os intemperismos, o parasitismo e o predatismo. Isso representa a resistência ambiental.
Comunidades em Desenvolvimento - Sucessões Ecológicas
As comunidades ou biocenoses estão continuamente sujeitas a modificações em função das alterações do meio ambiente.
Quando surge uma região nova, ainda não habitada, nela vão se instalando, gradativamente, uma sucessão de espécies que estabelecem condições para o desenvolvimento de uma nova comunidade. É o caso de um pasto abandonado ou de uma ilha vulcânica.
A essa sucessiva implantação de espécies chamamos sera ou sucessão ecológica.
Esquema de uma sucessão primária, isto é, uma sucessão que se instala num local nunca antes habitado.
ECÉSIS ------> SUCESSÃO -----> CLÍMAX
Nascente--->algas--->algas, bactérias, protozoários, anelídeos, crustáceos.
A primeira etapa de uma sera ou sucessão ecológica recebe o nome de ecésis. Corresponde à chegada dos primeiros organismos vivos (pioneiros) que vão colonizar a região, geralmente as algas cianofíceas, seguidas de liquens.
Após sucessivas transformações e a instalação de organismos diversos, a sucessão atinge seu desenvolvimento máximo compatível com a natureza física do local, ela chegou ao seu clímax.
Quando a sucessão acontece num local novo, desabitado, é chamada de primária.
Quando a sucessão se faz a partir de uma comunidade antiga é considerada uma sucessão secundária.
Biomas
São as comunidades-clímax dos ecossistemas de terra firme, as grandes formações faunísticas e florísticas que formam as paisagens.
Campos, florestas, desertos, praias e montanhas representam os padrões gerais dos ambientes onde se desenvolvem os principais biomas.
Entre as florestas podemos destacar a floresta tropical úmida, a floresta temperada, a floresta de mangues e a floresta de coníferas.
A floresta tropical úmida é o bioma mais exuberante da terra com imensa variedade de espécies. A floresta amazônica e a mata atlântica são exemplos.
A floresta temperada decídua é caracterizada por árvores que perdem as folhas periodicamente e são comuns em regiões de verões quentes, úmidos e chuvosos, como nos EUA e na América Central.
A floresta de mangues é um ambiente de transição entre o biociclo marinho e o dulcícola, é importante como fonte de alimento e local de reprodução dos animais marinhos.
As florestas de coníferas (gimnospermas) ocorrem em regiões frias e montanhosas.
Os campos são muitos variáveis. Podemos distinguir a campina, a pradaria, a savana, o pampa, a tundra, a estepe, o cerrado, a taiga, etc.
A caatinga é um meio termo entre o campo e o deserto.
Entre os desertos podemos destacar o Saara, o de Gobi e o do Arizona, todos com aspectos bem diferentes.
Microclima
É o termo usado para designar o conjunto de características ambientais ou climáticas de cada um dos diversos estratos de um local.
A Dispersão das Espécies
É a tendência de propagação para novos ambientes, uma tentativa de conquista de novas áreas e de alargamento dos próprios domínios, mais notável nos animais, ocorre também nos vegetais.
A dispersão pode ocorrer por dois mecanismos: a dispersão passiva e a dispersão ativa.
A dispersão é passiva quando se faz por fatores alheios à espécie. É mais freqüente nos vegetais. Seus grãos de pólen, esporos e sementes são transportados pelo vento, água ou por animais. Entre os animais a dispersão passiva pode ocorrer quando são carregados pelo vento ou por corrente aquáticas até regiões distantes. É comum também que os animais sejam dispersos pelo homem, direta ou indiretamente.
A dispersão ativa depende dos recursos próprios de locomoção da espécie. Nos animais ocorre por nomadismo ou por migração.
OS SERES VIVOS E SUAS RELAÇÕES
Adaptações - A Adequação ao Meio
Desde que a vida surgiu sobre a terra, as espécies evoluíram à custa de mutações que tornavam os indivíduos mais adaptados às condições do meio.
Quando uma mutação torna o indivíduo mais adequado ao ambiente ela se constitui uma mutação adaptativa ou simplesmente uma adaptação.
As adaptações são caracteres que ajustam ou adeqüam melhor as espécies às suas condições de vida ou ao seu meio ambiente e que resultam de mutações ocorridas no passado em ancestrais dessas espécies.
Podemos classificar as adaptações em dois tipos fundamentais: morfológicas e fisiológicas.
As adaptações morfológicas consistem em alterações anatômicas ou estruturais da espécie. Podemos citar as nadadeiras das baleias e as asas dos morcegos e aves.
As adaptações fisiológicas consistem numa adequação funcional do organismo ao tipo de ambiente em que vive. Um peixe de água doce e um de água salgada são anatomicamente semelhantes, porém seus organismos têm comportamento funcional diferente para controlar a diferença entre a pressão osmótica de suas células e a concentração salina da água onde vivem.
Camuflagem e Mimetismo são adaptações morfológicas que oferecem às espécies melhores condições de defesa ou de ataque.
Quando a espécie revela a mesma cor ou possui uma forma que se confunde com coisas do ambiente, está manifestando uma adaptação chamada de camuflagem. É o caso do camaleão, bicho-pau, etc.
Quando os indivíduos de uma espécie se assemelham bastante aos de outra espécie, levando vantagem com essa semelhança, o fenômeno é chamado de mimetismo. Temos como exemplo a falsa-coral, cobra não venenosa.
As Relações entre os Seres
De forma geral, podemos classificar as relações entre seres vivos como harmônicas ou desarmônicas.
Considera-se como relação harmônica todas as formas de relacionamento em que nenhuma das espécies participantes do processo sofre qualquer tipo de prejuízo. Essas relações podem ser intra-específicas (dentro da mesma espécie) ou interespecíficas (entre espécies diferentes).
As relações harmônicas intra-específicas compreendem as colônias e as sociedades.
Colônias são agrupamentos de indivíduos da mesma espécie ligados fisicamente e que revelam alto grau de interdependência. Os corais e as esponjas formam colônias.
Sociedades são agrupamentos de indivíduos da mesma espécie que vivem coletivamente, mas podem sobreviver isolados. Esses grupos apresentam uma divisão de trabalhos. No formigueiro e na colméia existe uma rainha (reprodutora), operárias, soldados e machos, cada qual com sua função específica.
As relações harmônicas interespecíficas compreendem a protocooperação, o mutualismo e o comensalismo. Nos dois primeiros casos, ambas as espécies são beneficiadas.
Na protocooperação os indivíduos podem viver isoladamente, como o paguro e a actínia.
No mutualismo ou simbiose a associação é imprescindível para a sobrevivência de ambos os seres. Os liquens são a união de algas e fungos. Baratas e cupins vivem em mutualismo com protozoários.
No comensalismo apenas um dos indivíduos se beneficia sem prejudicar o outro, e ambos podem viver isoladamente. A rêmora é comensal do tubarão.
As relações desarmônicas implicam sempre em prejuízo para uma das espécies. Compreendem o amensalismo, a competição, o predatismo e o parasitismo.
No amensalismo ou antibiose um organismo produz substâncias que inibem o desenvolvimento de outra. Fungos produzem antibióticos que destroem bactérias (espécie amensal).
A competição acontece entre espécies que ocupam, numa mesma área, nichos similares. Os herbívoros da savana africana competem pela pastagem.
O predatismo consiste no ataque de uma espécie a outra, para matá-la e devorá-la. Quando o predatismo envolve seres da mesma espécie é chamado de canibalismo.
O parasitismo é a relação em que uma espécie se instala no corpo de outra, prejudicando-a. O organismo que abriga o parasita é chamado de hospedeiro.
OS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
"Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
Este é o princípio de conservação da matéria, enunciado por Lavoisier.
Os elementos químicos ora estão participando da estrutura de moléculas inorgânicas, na água, no solo ou no ar, ora estão compondo moléculas de substâncias orgânicas, nos seres vivos. Pela decomposição cadavérica ou por suas excreções e seus excrementos, tais substâncias se decompõem e devolvem ao meio ambiente os elementos químicos, já na forma de compostos inorgânicos.

O Ciclo do Carbono
Essencial para a atividade fotossintética dos seres clorofilados e para a manutenção do calor fornecido pelo Sol, o dióxido de carbono (CO2) entra na composição do ar atmosférico na proporção de 0,04%.
A atividade respiratória dos seres vivos e as combustões em geral, lançam anualmente mais de cinco bilhões de toneladas desse gás na atmosfera, provocando poluição.
O aumento significativo de gás carbônico na atmosfera vem provocando um aquecimento cada vez maior do planeta, reduzindo a perda de calor para o espaço exterior (efeito estufa).
Nos seres vivos, o carbono tem um papel estrutural e seus compostos são consumidos como reservatórios de energia.
Ao fim dos processos respiratórios, que visam a liberação da energia contida nas moléculas orgânicas, o gás carbônico reaparece com um dos produtos finais, sendo devolvido ao meio abiótico para reiniciar o ciclo.
O Ciclo do Oxigênio
Encontrado no ar numa proporção de 20,94%.
Seu ciclo está intimamente ligado ao ciclo do carbono.
Durante a fotossíntese, os organismos retiram CO2 do ambiente e desprendem oxigênio (O2).
O oxigênio liberado para a atmosfera é proveniente da quebra de moléculas de água durante a fotossíntese. À medida que a atividade fotossintética produz e libera O2 livre, esse gás vai sendo reprocessado na respiração aeróbia, restaurando a água como produto final.
Durante a respiração, os seres aeróbios, consomem O2 e liberam CO2 para o ambiente.
O Ciclo do Nitrogênio
Encontrado no ar atmosférico numa proporção de 78,09%, o nitrogênio (N2) é indispensável à formação dos aminoácidos que constituem as proteínas, porém os organismos superiores não conseguem absorvê-lo diretamente do ar.
As plantas absorvem o nitrogênio do solo na forma de nitratos (NO3).
No solo e nos ecossistemas aquáticos, o nitrogênio é transformado em nitratos pelos organismos fixadores de nitrogênio (cianobactérias), pelas bactérias nitrificantes e pelos decompositores.
As descargas elétricas dos relâmpagos combinam átomos de nitrogênio com átomos de oxigênio, formando nitratos que se precipitam para o solo.
As bactérias do gênero Rhizobium que formam nódulos nas raízes das leguminosas, retêm o nitrogênio livre, formando nitratos. Elas se nutrem dos carboidratos produzidos pelas leguminosas e fornecem os nitratos que produziram. As cianobactérias também são capazes de assimilar o nitrogênio livre, produzindo nitratos. Alguns fungos também são assimiladores de N2.
Entretanto os decompositores e as bactérias nitrificantes do solo desempenham os papeis mais importantes no ciclo do nitrogênio.
As bactérias de putrefação decompõem as proteínas produzindo, entre outros, a amônia (Nh2) e os íons amônio (Nh2+). Algumas plantas absorvem os íons amônio.
As bactérias nitrificantes ou nitrosas (Nitrosomonas sp. e Nitrosococcus sp.) oxidam a amônia dando ácido nitroso que reage com outras substâncias e origina nitritos (NO2).
As bactérias nítricas (Nitrobacter) oxidam os nitritos em nitratos.
As bactérias denitrificantes decompõem a uréia e a amônia, liberando nitrogênio molecular para a atmosfera.
O Ciclo da Água
A água no estado líquido está continuamente evaporando.
Nas altas camadas atmosféricas ela se condensa, formando as nuvens, de onde resultam as chuvas. Ela pode também se precipitar na forma de neve ou de granizo.
A precipitação pluvial ocasiona a formação de lençóis subterrâneos e de nascentes de rios. Os rios drenam para os mares.
Parte dessa água é absorvida pelos seres vivos e utilizada em seu metabolismo. Através da transpiração, respiração e excreção os seres vivos devolvem a água para o ambiente.
O Ciclo do Cálcio
Todos os minerais (cálcio, ferro, fósforo, enxofre, etc.) circulam pelos seres vivos, pela água, pelo ar e pelo solo. Vamos tomar como exemplo o cálcio.
Os carbonatos e fosfatos de cálcio são encontrados na organização do corpo dos espongiários (espículas), corais, conchas de moluscos, carapaças de crustáceos e nos esqueletos dos equinodermos e dos vertebrados.
Após a morte desses animais, essas estruturas se decompõem lentamente e seus sais se dissolvem na água e no solo.
Com o passar do tempo, pode ocorrer a deposição e sedimentação desses sais, surgindo os terrenos sedimentares de calcário (mármore, etc.).
A erosão das rochas calcárias devolve os sais de cálcio para as águas onde poderão voltar a ser absorvidos pelos seres vivos.
POLUIÇÃO AMBIENTAL
Apesar do fato de que os elementos químicos estão em contínuo reprocessamento na natureza, alguns compostos resultantes de fenômenos naturais ou das atividades humanas, se acumulam na atmosfera, no solo ou nas águas, provocando a poluição ambiental e pondo em risco o equilíbrio ecológico.
Eutrofização
Fenômeno causado pelo aumento exagerado da concentração de nutrientes e fertilizantes nas águas, provenientes das indústrias e lavouras, provocando a proliferação exagerada de organismos aquáticos.
As marés vermelhas causadas pelos dinoflagelados (pirrófitas) se enquadram nesse processo.
O excesso de nutrientes causa a superpopulação de algas e outros organismos aquáticos, ocasionando um consumo exagerado de oxigênio e redução desse gás nas águas profundas; o aumento da população reduz a penetração de luz nas camadas profundas, o que prejudica a fotossíntese das plantas imersas, reduzindo a oferta de oxigênio e o aumento do gás carbônico. O ambiente se torna inóspito à vida e surge a mortandade. Com o aumento do número de seres em decomposição, aumenta o número de seres anaeróbios (decompositores).
Magnificação Trófica
Alguns produtos, por não serem biodegradáveis, permanecem nos ecossistemas e entram nas cadeias alimentares, passando dos produtores aos consumidores dos diversos níveis.
Como apenas cerca de 10% da matéria e energia de um determinado nível trófico são efetivamente aproveitados pelo nível imediatamente superior, os componentes de um certo nível trófico têm que consumir uma biomassa dez vezes maior do que a sua própria. Assim, produtos tóxicos não-biodegradáveis, como o DDT e o mercúrio, vão passando do ambiente para os produtores e desses para os consumidores, sempre numa concentração acumulativa e crescente.
O DDT (dimetil-difenil-tricloroetano) era largamente usado como inseticida no combate aos piolhos, moscas, mosquitos e pragas da lavoura no mundo todo. Ele é um produto sintético que atua sobre o sistema nervoso dos insetos, causado-lhes a morte. Logo aumentou o número de espécies resistentes ao DDT. Criou-se então o BHC (benzeno-hexaclorito), mais venenoso e também não-biodegradável. Embora proibidos, esses e outros pesticidas e agrotóxicos continuam a ser industrializados e comercializados, pondo em risco a saúde do homem, dos outros animais e o próprio ambiente.
O estrôncio-90 (Sr-90), resultado da fissão do urânio em experiências nucleares, atua competitivamente com o cálcio. Os átomos de Sr-90 são radioativos e circulam na natureza entre os átomos de cálcio (Ca). São absorvidos pelas plantas, passam para os animais, através das cadeias alimentares, e se instalam nos ossos, afetando as estruturas hematopoéticas e se tornando responsáveis por grande incidência de leucemias e cânceres ósseos. O homem adquire o Sr-90 principalmente através do leite contaminado por esse radioisótopo, proveniente de vacas que ingeriram vegetais que, por sua vez, haviam absorvido tal elemento do solo.
Efeito Estufa
Nos últimos anos o homem tem realizado muito desmatamento e efetuado muitas queimadas. Isso fez aumentar a proporção de CO2 na atmosfera, pois não há vegetação suficiente para utilizá-lo na fotossíntese.
O CO2 atmosférico forma uma camada que impede o escapamento das radiações infravermelhas que a Terra recebeu do Sol. Isso faz com que haja deflexão dessas radiações, e a volta dela à Terra produz um superaquecimento do planeta.
Esse fenômeno, chamado efeito estufa, está preocupando muito os cientistas e ambientalistas, pois poderá acarretar futuramente um degelo das calotas polares, aumentando o nível das águas dos mares, provocando inundações.
Se as concentrações de CO2 na atmosfera continuarem a aumentar, a vida na Terra sofrerá muitas alterações. A fauna e a flora terão dificuldade de se adaptarem às rápidas mudanças do clima. Isto influirá sobre a época e os métodos de plantio; sobre a disponibilidade de água; sobre o estilo de vida nas cidades; a desova de peixes; etc.
A Destruição da Camada de Ozônio
Na estratosfera e mesosfera, o O2 se transforma em O3, por ação das radiações ultravioleta do Sol.
O ozônio funciona como um filtro, refletindo parte da radiação ultravioleta dos raios solares.
Em pequena quantidade, a radiação ultravioleta é indispensável à realização da fotossíntese, logo, indispensável à vida. Em grandes quantidades, essa radiação causa mutações gênicas, provocando câncer de pele nos humanos e comprometendo a atividade agrícola e o fitoplâncton.
O clorofluorcarbono ou CFC, gás usado em sprays, nos circuitos de refrigeração de geladeiras e ar condicionado e em embalagens porosas de sanduíches e ovos, é inócuo na camada inferior da atmosfera (troposfera), porém, ao chegar às camadas superiores, sob a ação dos raios ultravioleta, ele se decompõe.
O cloro resultante dessa decomposição reage com o ozônio, descompondo-o. Esse efeito dura muitos anos, cada átomo de cloro pode reagir inúmeras vezes com outras moléculas de ozônio.
Desde 1987 tenta-se a redução na produção de CFC, buscando substitutos não agressivos ao meio ambiente.
A Inversão Térmica
A camada de ar próxima à superfície do globo terrestre é mais quente.
Sendo menos densa ela sobe e à medida que atinge alturas maiores vai esfriando.
Com o movimento do ar as partículas nele contidas sofrem dispersão.
No inverno pode ocorrer a inversão térmica, isto é, nas camadas próximas do solo fica o ar frio e acima dessa camada, o ar quente.
Os poluentes liberados na camada de ar frio não se dispersam. É por isso que, nessas condições, a poluição fica aumentada.
ALGUNS POLUENTES AMBIENTAIS
Dióxido de Carbono - CO2
Gás eliminado no processo de respiração celular e em todas as combustões (queima de combustíveis fósseis e outros pelas indústrias e automóveis). Absorvido pelos seres clorofilados é usado no processo de fotossíntese. Seu aumento na atmosfera é responsável pelo chamado efeito estufa.
Monóxido de Carbono - CO
Gás produzido pelos veículos a combustão, compete com o oxigênio, pois se combina com a hemoglobina das hemácias, formando um composto estável - a carboxiemoglobina - que impede o transporte dos gases respiratórios. Também bloqueia a citocromoxidase, na cadeia respiratória, dentro das mitocôndrias.
Dióxido de Enxofre - SO2
Gás proveniente da combustão do petróleo e do carvão. Ataca os pulmões, irrita os olhos e a pele e destrói o esmalte dos dentes. Reage com a água, na atmosfera, formando o ácido sulfúrico, de onde resultam as chuvas ácidas que provocam danos à vegetação, ao solo, às edificações e monumentos.
Benzopireno
Poluente liberado pela combustão. É um hidrocarboneto de ação cancerígena.
Óxidos de Nitrogênio
Produzidos por aviões, fornos, incineradores e fertilizantes. São responsáveis por afecções respiratórias, câncer de pulmão e formação de chuvas ácidas.
Chumbo-tetraetila
O chumbo é adicionado aos combustíveis dos veículos automotores para aumentar a resistência à combustão. Misturado ao ar, o chumbo-tetraetila é aspirado e provoca a inibição de enzimas.
Substâncias radioativas
Os materiais radioativos como estrôncio-90, césio-127, plutônio-239 e outros, depois de usados deixam um lixo atômico cujas radiações permanecem no ambiente por milhares de anos. Essas radiações aumentam a taxa de mutação gênica, produzindo vários tipos de câncer, muitos ainda incuráveis.
Pesticidas
São os produtos químicos utilizados no combate às pragas. Podem ser inseticidas, fungicidas, herbicidas, raticidas, acaricidas, nematicidas, etc. o uso excessivo provoca o envenenamento do solo, dos lençóis freáticos, dos alimentos e do próprio homem, bem como o surgimento de linhagens resistentes, o que provoca o uso de produtos cada vez mais tóxicos.
Metais pesados
O mercúrio se concentra ao longo das cadeias alimentares, intoxicando seres aquáticos e todos que se alimentam deles. Provoca danos neurológicos. O chumbo se acumula no corpo do homem, causando o saturnismo (perturbações nervosas, nefrites crônicas, cólicas, paralisia cerebral, confusão mental, etc.).
Petróleo
Os derramamentos nos mares compromete a fotossíntese das algas, dificultando a oxigenação e provocando a morte por asfixia dos seres aeróbios; prejudica todo o ecossistema aquático.
Fonte: uol.com.br

ECOLOGIA
O termo ECOLOGIA foi empregado pela primeira vez pelo biólogo alemão Ernest Haeckel, em 1869, em seu livro "Morfologia geral dos organismos". Deriva da palavra grega oikos, que significa casa, e logos, que significa estudo. ;É portanto a ciência que estuda o ambiente, com todos os seus habitantes, bem como as diversas interações e ligações existentes entre eles.
A ecologia sempre acompanhou a humanidade, desde os primórdios de seu desenvolvimento. As tribos precisavam conhecer o ambiente para conseguir alimento e abrigo. Precisavam conhecer os hábitos dos animais, onde viviam, tinham de lidar com as dificuldades impostas pela natureza, mesmo depois de dominarem o fogo.
Desde os tempos da pré-história, grande quantidade de conhecimento "ecológico" começou a ser adquirida e transmitida através das gerações. A ecologia de cunho científico já era abordada por filósofos da Grécia antiga como Hipócrates e Aristóteles, mas foi apenas a partir de 1900, que se desenvolveu como um campo específico da biologia. Não se pode deixar de mencionar Darwin, como um dos pioneiros da ecologia (principalmente devido a seu trabalho "A origem das Espécies" de 1859).
Atualmente a ecologia é uma ciência em pleno desenvolvimento, tendo adquirido importante 'status' na sociedade. Está vinculada não só ao estudo do meio ambiente mas também à preservação dos ecossistemas em uma era pontilhada pelos mais diversos estresses e impactos ambientais.
O objeto de estudo da ecologia tem como unidade o indivíduo, a partir do qual vários níveis de organização se seguem. Indivíduos formam populações, que constituem comunidades, que formam biocenoses. biocenoses podem compor os biomas, os quais constituem a Biosfera. Dentro deste amplo contexto, o ecólogo tem liberdade para investigar desde detalhes sobre uma população específica, (por exemplo seus hábitos alimentares, taxas de crescimento, mortalidade, estratégias reprodutivas, defesa de território, etc) até aspectos complexos dos ecossistemas, como suas características funcionais (produtividade primária, respiração, exportação de matéria, etc) e estruturais (diversidade, densidade, dominância, entre outros). Esta última representa um ramo avançado da ecologia denominado de Ecologia de Sistemas.
A ecologia é uma ciência essencialmente interdisciplinar, ou seja, necessita de informações integradas das mais diversas áreas das ciências, como matemática, física, química, estatística, zoologia, botânica, bioquímica, entre outras.
Pode-se subdividir portanto a Ecologia em duas linhas básicas de trabalho: a autoecologia investiga os processos adaptativos dos organismos ao meio em que vivem. Concentra-se no estudo das relações de uma única espécie como o meio em que vive. Procura explicar o funcionamento dos indivíduos quanto às adaptações a tensores ambientais. A sinecologia trabalha a nível de comunidade, descrevendo as interações entre as populações e entre elas e o ambiente.
Atualmente novos ramos da ecologia estão surgindo como a dinâmica de populações, ecologia humana, ecologia social, ecologia comportamental, ecologia matemática, entre outras. Dezenas de livros, jornais, periódicos, congressos e simpósios especializados em ecologia são lançados todos os anos, em todos os países do mundo.
A abordagem política da ecologia tem crescido muito na última década, principalmente devido ao fato de que esta ciência é a que possibilita o entendimento das transformações causadas pelo homem no ambiente, e das suas conseqüências para a humanidade. O congresso mundial de meio ambiente, a ECO-92, a AGENDA 21, são exemplos de transformações políticas impulsionadas pela ecologia e pelas ciências ambientais.

Ecossistema
Um ecossistema é representado por um conjunto de organismos vivendo e interagindo em uma área definida, com características ambientais típicas. Portanto, um ecossistema é uma unidade ecológica composta por uma fração viva, denominada biocenose, e uma fração não viva, o ambiente propriamente dito, denominada biótopo.
Internamente o ecossistema é controlado por três grandes componentes fundamentais; a comunidade biológica presente, que se desenvolve e mantém através do fluxo de energia através dos diferentes níveis tróficos. A ciclagem de nutrientes proporciona a reposição dos minerais utilizados pela comunidade, através da decomposição.
Todos os ecossistemas são sistemas abertos, ou seja, apresentam portas de entrada e saída de energia, essenciais para o seu equilíbrio. A energia entra no ecossistema sob a forma de luz solar, materiais, organismos., entre outras fontes. Pela porta de saída, energia e materiais processados são exportados para outros ecossistemas. A emigração de organismos também representa uma forma de saída de energia.
O ecossistema é uma unidade ecológica extremamente complexa devido às numerosas interações existentes entre os organismos e entre eles e o ambiente. Basicamente as características do ecossistema podem ser classificadas como funcionais ou estruturais. Algumas características funcionais são as taxas de respiração, fotossíntese, produtividade e decomposição, enquanto que aspectos estruturais são a composição de espécies, diversidade, dominância, biomassa e densidade, entre outros.
Toda a fauna e flora que compõe a biocenose do ecossistema é controlada biologicamente através das interações bióticas, principalmente predação e competição. Por outro lado, a abundância de espécies também é controlada pelos parâmetros ambientais como disponibilidade de nutrientes, oxigênio, luz, etc.
Através destas interações e vínculos o ecossistema tende a atingir um estado de equilíbrio dinâmico, uma situação mais ou menos estável, denominada estado contínuo (steady state). O equilíbrio do ecossistema não representa uma situação estática, mas sim uma estabilidade dinâmica a qual reflete flutuações e variações em muitos parâmetros, por exemplo, ao longo do ano, de acordo com as estações (primavera, verão, outono e inverno). Assim, um ecossistema equilibrado pode perfeitamente apresentar diferenças cíclicas estruturais e funcionais ao longo do tempo.
Atividades humanas destrutivas como a poluição, desmatamento, caça predatória, exploração industrial e comercial têm causado perturbações graves nos ecossistemas em todo o planeta. Uma vez que todos os compartimentos de um ecossistema estão interligados, qualquer perturbação em um deles afetará muitos outros. Isto significa que perturbações aparentemente pequenas podem ter conseqüências desastrosas e imprevisíveis para o ecossistema.
Campos, praias, manguezais, costões rochosos, cavernas, regiões abissais, rios, lagos, estuários, bosques, florestas, desertos, recifes de coral e pântanos, são alguns exemplos de ecossistemas.
Biodiversidade
Cientificamente, o conceito de diversidade é um indicador ecológico relacionado com a quantidade de espécies e indivíduos presentes nos ecossistemas.
Este parâmetro é constituído basicamente por dois componentes distintos: riqueza e dominância.
A riqueza é a quantidade de espécies presentes no ambiente, enquanto que a dominância é um indicador da distribuição dos indivíduos em cada espécie. Diversidades elevadas ocorrem quando há grande numero de espécies (riqueza) e os indivíduos estão distribuídos em quantidades mais ou menos similares entre as espécies. Assim, um ambiente com 10 espécies, cada uma delas composta por uma população de 5 indivíduos, tem maior diversidade que um ambiente com as mesmas 10 espécies, mas tendo duas populações com 100 indivíduos cada e as outras oito populações com 7 indivíduos.
A diversidade pode ser medida através de índices ecológicos, como os de Shannon, Margalef, entre outros, e são características fundamentais dos ecossistemas.
O termo biodiversidade tem sido muito utilizado na última década, especialmente nos foros de discussões científicas e políticas envolvidos com a preservação do meio ambiente a nível global. Um bom exemplo disso é a convenção Eco-92, feita no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, os diversos segmentos da sociedade a nível mundial consideraram a biodiversidade um ponto chave para o equilíbrio ecológico do planeta. Nesse contexto, ela é entendida como todos os organismos vivos presentes no planeta, distribuídos em espécies as quais povoam os mais diversos ecossistemas naturais na terra e nos oceanos. É portanto um termo mais geral, o qual não está vinculado a medidas ecológicas populacionais de cunho científico.
Ainda não foi possível avaliar cientificamente se a biodiversidade é maior na terra (nos continentes, inclusive nos rios e lagos) ou no mar. Sabe-se por exemplo que em termos de grandes grupos, os oceanos comportam pelo menos 43 dos 70 Filos de organismos vivos presentes hoje no planeta.
Em termos de ecossistema, pode-se dizer que manguezais, recifes de coral, florestas tropicais úmidas e a zona costeira dos oceanos são redutos especiais do planeta por possuírem a mais alta biodiversidade.
A nível global a biodiversidade está sendo seriamente ameaçada pelas mais variadas ações antrópicas em todos os ambientes do planeta. A poluição do ar, oceanos, lagos rios e solo; a devastação das florestas como a Amazônia e a Mata Atlântica; a exploração descontrolada dos recursos naturais; a expansão imobiliária e a caça predatória são alguns exemplos das muitas causas da redução progressiva da Biodiversidade do planeta. Calcula-se que dezenas de espécies são extintas por ano em todo o mundo, muitas delas sem terem sido sequer descobertas, descritas e estudadas. O numero de espécies de peixes já descobertos no planeta é hoje de cerca de 21.000, mas todos os anos dezenas de novas espécies são encontradas, acreditando-se que este número seja superior a 28.000 espécies. Na Amazônia e nas regiões abissais dos oceanos residem centenas ou mesmo milhares de espécies ainda não descobertas.
CRESCIMENTO DAS POPULAÇÕES
O crescimento das populações é resultante da taxa da natalidade, mortalidade, emigração e imigração. Se uma população se instala em um ambiente ideal, ilimitado e despovoado, ela tende a crescer geometricamente e infinitamente. O que refreia este crescimento são os fatores limitantes ambientais e as interações ecológicas com outras espécies, o que é definido como a resistência do meio.
O potencial biótico é a capacidade de crescimento da população na ausência de tensores como competição, predação, falta de recursos como alimento e espaço. O crescimento sigmóide apresenta uma redução e estabilização no crescimento da população como reflexo destes fatores, denominados resistência do meio. Como resultante tem-se uma população em equilíbrio dinâmico. Isto é o que de fato acontece na natureza. O termo equilíbrio dinâmico significa que a população não permanece constante ao longo do tempo, mas sempre acompanhando as variações do próprio ambiente.
Fatores Limitantes
O pleno desenvolvimento de uma população no ecossistema depende principalmente das características do ambiente (biótopo). Para se desenvolver com sucesso em um ecossistema, as espécies buscam condições ambientais ótimas, ideais às necessidades de cada uma delas. Estas necessidades variam bastante de espécie para espécie, o que favorece a ocupação e uso dos diferentes habitats e nichos ecológicos disponíveis no ecossistema.
Quando um fator ambiental qualquer apresenta-se em condições desfavoráveis (não ideais) a uma população, pode interferir na sua abundância e distribuição. Quando a condição deste fator ambiental atinge ou excede os limites de tolerância da espécie, torna-se um fator limitante. Neste caso a espécie tem duas opções possíveis, ou se adapta ou desaparece na área em questão.
Nos ecossistemas aquáticos o oxigênio dissolvido pode ser considerado um bom exemplo de fator limitante. Muitas regiões são muito bem oxigenadas, enquanto que outras são pobres neste recurso. A água de alguns lagos e represas, rica em matéria orgânica (por exemplo originada dos despejos de esgotos), tem pouco OD (oxigênio dissolvido), o qual é absorvido pelas bactérias na decomposição dos resíduos orgânicos. Portanto, neste caso o oxigênio torna-se um fator limitante para os animais aquáticos como peixes e moluscos, os quais não conseguem sobreviver em condições de hipoxia (pouco oxigênio).
Os sedimentos lodosos , como os presentes nos manguezais, também são pobres em oxigênio, ou mesmo anóxicos, com ausência total deste gás. Esta condição limita ou mesmo impede a ocorrência de espécies não adaptadas no ambiente.
Nos ecossistemas terrestres, por outro lado, o oxigênio não é um fator limitante, uma vez que é um gás abundante na atmosfera. Por outro lado, a quantidade de luz pode ser insuficiente em determinados locais, bem como a disponibilidade de nutrientes, fatores estes que podem limitar a ocorrência de uma determinada espécie.
Fonte: terra.com.br

ATIVIDADE:
Elabore um texto pontuando a importância da conservação/preservação do ecossistema, considerando sua relação com a ecologia e o processo de controle e manutenção das populações. No mínimo 2 laudas
.
SUGESTÃO DE LEITURA:

SUGESTÃO DE VÍDEOS:

Nenhum comentário:

Postar um comentário